O clima no Departamento de Água e Esgotos de Poços de Caldas não está nada tranquilo — e não é por causa do tempo. A autarquia mergulhou de cabeça numa sindicância interna que promete agitar as águas da administração municipal. O alvo? O polêmico pagamento de horas extras aos funcionários.
Parece que alguém resolveu colocar a mão na massa — ou melhor, no relógio de ponto — e agora a conta não fecha. A situação chegou a um ponto tão delicado que a própria diretoria do DAE precisou acionar os mecanismos de investigação interna. Não é brincadeira não.
O que exatamente está sendo investigado?
Bom, vamos por partes. A tal sindicância vai vasculhar minuciosamente — e com lupa — todos os registros de horas extras trabalhadas pelos servidores. A suspeita que paira no ar é que possa ter havido, digamos, algumas "flexibilizações" nos controles. Coisa séria.
O processo investigativo segue um roteiro bem definido, estabelecido no próprio edital de abertura da sindicância. Primeiro, a coleta de documentos e registros. Depois, a oitiva de testemunhas. E por fim — talvez a parte mais delicada — a análise de cada centavo gasto a mais na folha de pagamento.
E os funcionários, como ficam?
Essa é a pergunta que não quer calar. Enquanto a investigação corre nos bastidores, o clima entre os servidores varia entre a apreensão e a esperança de que tudo se resolva. Alguns torcem para que a sindicância limpe o nome do departamento. Outros temem que o banho de água fria possa afetar o moral da equipe.
O que ninguém discute é a importância de esclarecer esse imbróglio. Afinal, estamos falando de dinheiro público — e a transparência nesses casos não é apenas desejável, é obrigatória.
Resta saber se a sindicância vai encontrar apenas erros de procedimento ou se descobrirá algo mais substancial. A cidade aguarda ansiosa — e com razão. Poços de Caldas merece respostas.
