Prefeitura de Rio Preto Condenada: Criança Abandonada Após Creche Gera Indenização de R$ 10 Mil
Criança foge de creche em Rio Preto: prefeitura paga R$ 10 mil

Imagine o desespero. Uma criança de apenas quatro anos, sozinha, caminhando por ruas movimentadas enquanto deveria estar segura numa creche municipal. Foi exatamente esse cenário de pesadelo que se concretizou em São José do Rio Preto, e a coisa toda — pasmem — aconteceu em plena luz do dia.

A pequena, cujo nome preservamos por questões óbvias, simplesmente... saiu. Sim, você leu direito. Abandonou a unidade de educação infantil sem que ninguém percebesse. Como é possível? A pergunta ecoa na cabeça de qualquer pai ou mãe.

O dia em que o inaceitável aconteceu

Era um dia como qualquer outro — ou deveria ser. Os pais deixaram a menina na creche, confiantes de que estavam deixando sua maior preciosidade em boas mãos. Mas a realidade mostrou outra face. Por volta das 10h da manhã, a criança conseguiu deixar o prédio sozinha. Sozinha mesmo, sem qualquer supervisão.

E não foi algo rápido. A menina perambulou por pelo menos quatro quarteirões. Quatro quarteirões! Nesse tempo todo, ninguém da creche notou o desaparecimento. Quem encontrou a pequena foi um morador da Rua dos Tucunarés, no Jardim das Orquídeas, que imediatamente acionou a Guarda Civil Municipal.

"É de cortar o coração", comentou um vizinho que preferiu não se identificar. "Ver uma criaturinha daquelas, totalmente perdida, sem saber para onde ir... isso não deveria acontecer nunca."

A resposta da Justiça: R$ 10 mil de indenização

Obviamente, os pais não ficaram quietos — e nem deveriam. Movimentaram a Justiça, e a 2ª Vara da Fazenda Pública de Rio Preto foi categórica: a prefeitura, responsável pela creche, agiu com negligência grave. Na sentença, o juiz Carlos Eduardo de Oliveira Pinheiro não deixou dúvidas sobre a responsabilidade do município.

O valor da indenização por danos morais ficou em R$ 10 mil. Pode parecer pouco para alguns, mas o simbolismo é enorme — é o reconhecimento formal de que o poder público falhou feio. Muito feio.

A defesa da prefeitura tentou argumentar que os pais teriam "contribuído" de alguma forma, mas a Justiça rejeitou essa tese frontalmente. Como assim contribuído? Eles cumpriram sua parte: deixaram a criança num local que deveria ser seguro.

E agora, o que muda?

Desde o incidente, a Secretaria Municipal de Educação diz que tomou "providências" para evitar novas ocorrências. Mas que providências são essas? Será que outras crianças estão realmente protegidas?

O caso serve de alerta para todas as famílias que dependem da rede pública de educação infantil. A confiança, uma vez quebrada, é difícil de reconstruir. E enquanto isso, uma pergunta fica no ar: quantas outras falhas assim estão por aí, esperando para acontecer?

Uma coisa é certa: naquele dia, a sorte — se é que podemos chamar assim — estava do lado daquela menina. Poderia ter sido muito, muito pior. E esse pensamento é o que realmente assusta.