
Parece que o circo finalmente vai pegar fogo — e tem gente importante suando frio. O relator da CPI que investiga as falcatruas no INSS, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), não está para brincadeira. Ele deu um ultimato que ecoou pelos corredores do poder: os nomes dos envolvidos no golpe que sangrou aposentados e pensionistas estão com os dias contatos.
Numa entrevista que mais pareceu um teaser de filme de suspense, Zarattini foi direto ao ponto. A tal "organização criminosa" que operava por dentro do próprio INSS não era amadora, não. Era uma máquina bem lubrificada, com gente de dentro e de fora, especializada em desviar benefícios de quem mais precisa. A frieza disso é de cortar o coração.
E o estrago? Bilionário. Só no ano passado, o prejuízo superou a casa dos R$ 5 bilhões. Mas vamos combinar que por trás de cada cifra dessas, tem uma história de vida virada de cabeça para baixo. Gente que trabalhou a vida toda e se viu no olho da rua por causa de bandido de gravata.
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Zarattini prometeu que o relatório final não vai ser aquele documento enfadonho cheio de juridiquês que ninguém entende. Pelo contrário. Ele vai apontar o dedo — com nome, sobrenome e a provável função de cada um no esquema. A promessa é de um documento "didático", para que qualquer cidadão consiga entender a teia de corrupção armada.
E olha, a coisa é complexa. Não se trata de um desvio simples, mas de uma operação sofisticada que incluía desde a inclusão de benefícios fraudulentos no sistema até a interceptação e desvio de valores que já estavam a caminho dos legítimos titulares. Uma audácia que beira o inacreditável.
A pergunta que fica no ar, e que todo mundo se faz, é: até onde chegava essa organização? Havia ramificações em outros órgãos? A investigação, que já tem mais de 90 depoimentos colhidos, sugere que sim. O buraco pode ser muito mais embaixo.
O relator adiantou que já tem na manga uma lista com mais de 600 servidores que tiveram as contas bloqueadas pela Justiça. Uma medida radical, mas necessária, para tentar estancar a hemorragia de dinheiro público. A expectativa agora é pelo relatório final, que deve ser entregue nas próximas semanas — e promete ser uma verdadeira bomba.
Enquanto isso, milhares de aposentados seguem na labuta, tentando sobreviver e esperando por justiça. A sensação é de que, depois de tanto tempo, a impunidade pode estar com os dias contados. Ou será que é só mais um capítulo de uma novela que nunca acaba? Só o tempo — e a coragem política — vão dizer.