Operação Ultrafarma: Governo de SP afasta mais seis auditores em escândalo de propina que balança a fiscalização
Caso Ultrafarma: governo de SP afasta mais seis auditores

Parece que a poeira não vai baixar tão cedo no caso Ultrafarma — e a coisa está longe de ficar quieta. O governo de São Paulo, numa jogada que pegou muita gente de surpresa, decidiu afastar mais seis auditores fiscais. Sim, mais seis. E olha que o barraco já estava feio.

Tudo começou com uma operação do Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, que desmontou um suposto esquema de propina envolvendo a rede de farmácias. A investigação apura se fiscais estariam recebendo grana para fechar os olhos para irregularidades. E agora, o pacote de malas aumentou.

O que se sabe até agora?

Os nomes dos servidores afastados são: Alexandre Alves Pereira, Ana Paula de Souza, Cintia Akemi Ywane, José Carlos de Souza, Marcelo Tadeu Fernandes e Renata Cristina de Almeida. Eles foram exonerados dos cargos de confiança que ocupavam — e pasmem: alguns nem estavam na linha de frente da operação, mas em cargos administrativos. Algo cheira mal, e não é remédio vencido.

Ah, e não para por aí. Dois deles, Marcelo e Renata, já tinham sido… como dizer… “convidados a sair” de postos de chefia no começo do mês. Agora, perderam até o cargo comissionado. Alguém está fazendo faxina geral — ou tentando apagar rastro.

E os anteriores?

Já são, até onde a gente sabe, nove servidores afastados desde que a operação pipocou. Três deles no início de abril, e agora esses seis. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) emitiu uma recomendação — daquelas que não se ignora — sugerindo o afastamento de todos os investigados. E o governo obedeceu na lata.

Não vou nem entrar no mérito de que alguns estavam em setores que não tinham nada a ver com fiscalização de farmácias. Coincidência? O mínimo que dá pra dizer é que… bem, é estranho.

E o governador?

Tarcísio de Freitas deu uma de João sem Braço — pelo menos publicamente. Disse que não foi informado sobre os detalhes e que “se tem que apurar, apura”. Mas a pergunta que não quer calar: até onde vai o buraco desse esquema?

O caso Ultrafarma já virou uma espécie de serial policial-administrativo. E a cada capítulo, aparecem mais personagens. A rede de farmácias nega tudo, os auditores (até onde se sabe) não se manifestaram — e o Gaeco segue com a investigação sob sigilo.

O que me deixa pensativo é o tanto que isso abala a confiança na fiscalização. Se for verdade mesmo, é daquelas notícias que faz a gente duvidar de tudo — e de todos.

Enfim. O caso segue em aberto, e eu aposto que ainda vamos ouvir falar muito dele. Aguardemos os próximos capítulos — porque com certeza, eles virão.