
Imagine mandar seu filho para uma escola onde a água que ele bebe está armazenada em condições duvidosas há exatos dois anos. Pois é, essa realidade assustadora foi descoberta pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo durante uma fiscalização de rotina.
O que era pra ser uma vistoria comum acabou revelando uma situação que beira o inacreditável. Em algumas escolas do interior paulista, as caixas d'água simplesmente não passavam por limpeza desde 2023. Dois anos! Parece até exagero, mas não é.
O que os fiscais encontraram
A operação do TCE, realizada entre 22 e 26 de setembro, botou a boca no trombone sobre o descaso com a manutenção predial nas escolas estaduais. E olha, a lista de problemas não para nas caixas d'água:
- Infiltrações que mais parecem cachoeiras
- Rachaduras que dariam medo em qualquer um
- Fiação elétrica com cara de perigo iminente
- Vazamentos que transformam corredores em piscinas
E o pior de tudo? A falta de documentação comprovando a limpeza desses reservatórios de água. Como se isso fosse detalhe menor, sabe?
Onde a coisa apertou
A fiscalização pegou pesado em 14 municípios da região de Presidente Prudente. Teve cidade que se saiu bem, outras... bem, nem tanto. Os técnicos do TCE botaram o dedo na ferida e exigiram explicações formais das diretorias de ensino.
O prazo? Apertadíssimo: apenas cinco dias úteis para se explicar. E se não convencerem, pode preparar o bolso que multa vem aí.
Aliás, falando em multa, o TCE deixou claro que não vai passar pano. Quem descumprir paga caro - e eu não tô exagerando não. A lei é clara sobre a obrigação de manter as escolas em condições decentes de uso.
E agora, José?
Enquanto as diretorias de ensino se viram nos 30 para responder ao TCE, os pais ficam naquela: será que a escola do meu filho está nessa lista? A água que as crianças tomam está realmente segura?
O que me preocupa, e muito, é que problemas básicos de manutenção continuem rolando ano após ano. Não é possível que a gente ainda precise discutir se caixa d'água precisa de limpeza regular. Isso é o óbvio ululante!
O TCE prometeu que vai acompanhar de perto a resolução dessas pendências. Tomara que sim, porque educação de qualidade começa pelo básico - e água limpa é mais básico que isso, impossível.