
Enquanto a maioria da população ainda dorme, um grupo de trabalhadores já está a postos, enfrentando o frio intenso para garantir que a cidade tenha acesso a alimentos frescos e de qualidade. São os feirantes do mercado público de Porto Alegre, que enfrentaram uma madrugada especialmente gelada nesta segunda-feira (1º de julho de 2025).
Com temperaturas próximas a 5°C, os comerciantes precisaram se agasalhar bem para suportar as horas de trabalho antes do amanhecer. "É difícil, mas a gente se acostuma. O importante é não deixar a população sem o que precisa", conta um dos feirantes, enquanto organiza suas hortaliças.
Rotina antes do sol nascer
A rotina começa ainda de madrugada, quando os produtos chegam dos produtores rurais da região. Os feirantes precisam descarregar, organizar e preparar tudo antes da abertura oficial do mercado, às 7h.
"O frio é pior entre 4h e 6h da manhã", explica Maria Silva, que trabalha há 15 anos no local. "Mas a gente cria resistência. O café quente ajuda bastante", completa, mostrando sua garrafa térmica.
Impacto no trabalho
As baixas temperaturas não afetam apenas o conforto dos trabalhadores, mas também alguns produtos:
- Frutas mais sensíveis podem sofrer danos
- As mãos ficam menos ágeis no manuseio
- O movimento de clientes diminui nos primeiros horários
Apesar dos desafios, o espírito de comunidade entre os feirantes ajuda a enfrentar as dificuldades. "Aqui todo mundo se ajuda. Se um está com frio, outro empresta um casaco extra", conta João Santos, veterano no mercado.
Reconhecimento da população
Os primeiros clientes do dia não deixam de notar o esforço desses trabalhadores. "Sempre venho cedo e vejo o quanto eles se dedicam. São verdadeiros heróis do cotidiano", elogia a aposentada Ana Maria, frequentadora assídua do mercado.
Com a chegada do sol, as temperaturas começam a subir, mas o trabalho continua intenso até o final da tarde. Uma rotina dura, mas essencial para a economia e o abastecimento da capital gaúcha.