O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), completou oito anos, mas os efeitos do desastre ainda ecoam na vida de milhares de pessoas. Segundo dados atualizados, mais de 411 mil indenizações já foram pagas às vítimas e afetados pela tragédia, considerada uma das maiores do gênero no país.
Os números do desastre
A barragem, operada pela Samarco (joint venture entre Vale e BHP), se rompeu em 5 de novembro de 2015, liberando uma onda de lama que devastou distritos inteiros, poluiu rios e atingiu comunidades ao longo de mais de 600 km, até o oceano.
- 19 mortes confirmadas
- 411.945 indenizações pagas até julho de 2023
- R$ 34 bilhões em acordos judiciais e reparações
Impactos ambientais e sociais
Além das vidas perdidas, o desastre causou danos irreparáveis ao meio ambiente. O Rio Doce, um dos mais importantes da região, foi contaminado, afetando a fauna, a flora e as comunidades ribeirinhas que dependiam dele para sobreviver.
O processo de reparação, coordenado pela Fundação Renova, ainda enfrenta críticas. Muitos atingidos reclamam da demora e da burocracia para receber as indenizações, enquanto outros questionam a efetividade das medidas de recuperação ambiental.
O futuro das barragens
Desde o desastre, novas regulamentações foram implementadas para aumentar a segurança de barragens no Brasil. No entanto, especialistas alertam que ainda há muito a ser feito para evitar novas tragédias.
Enquanto isso, Mariana e suas comunidades seguram tentando se reconstruir, carregando as marcas de um dia que mudou para sempre a história da mineração no país.
