
Era para ser mais um sábado de descontração entre amigos, daqueles que a gente guarda na memória pelos bons momentos. Mas o que começou como um simples jogo de futevôlei no Setor Marista, em Goiânia, terminou em tragédia.
Alexandre Costa Silva, 43 anos — engenheiro agrônomo que dedicava sua vida ao campo — caiu abruptamente durante a partida. Os amigos, inicialmente pensando se tratar de uma simples indisposição, logo perceberam que era algo grave. Algo terrivelmente grave.
"A gente tentou de tudo, sabe?", contou um dos participantes que preferiu não se identificar. "Mas a situação fugia do nosso controle minuto após minuto."
Uma corrida contra o tempo
O Samu chegou rápido, é verdade. Os socorristas fizeram manobras de reanimação cardiorrespiratória no local, tentando trazer Alexandre de volta. Mas o coração já não respondia. Transportado às pressas para o Hospital de Urgências de Goiânia, o agrônomo não resistiu.
E aqui vem a parte que deixa todo mundo pensativo: sua irmã, Adriana Costa, revelou que Alexandre tinha uma cardiopatia. Uma condição cardíaca que, pasmem, ele mesmo desconhecia. "Ele sempre foi saudável, ativo", disse Adriana, ainda abalada. "Nunca reclamou do coração, nunca demonstrou qualquer sinal."
O silêncio perigoso das cardiopatias
É assustador como o corpo às vezes esconde segredos mortais. Alexandre praticava esportes regularmente — futevôlei era quase uma paixão — e trabalhava pesado no campo. Nada indicava que seu coração guardava essa armadilha.
O legista Dr. Carlos Eduardo Moraes, que atendeu o caso, foi direto: "Muitas cardiopatias são silenciosas. A pessoa pode passar a vida inteira sem sintomas e, em um momento de esforço mais intenso, o coração simplesmente para."
O corpo de Alexandre foi liberado para a família no domingo e velado no Jardim da Paz, no Jardim Goiás. O enterro aconteceu no mesmo dia, no Cemitério Jardim das Palmeiras.
Um alerta que vem tarde demais
Essa história deixa aquele gosto amargo de "e se". E se ele tivesse feito check-up cardíaco? E se alguém tivesse notado algo diferente? A verdade é que muitas pessoas carregam bombas-relógio no peito sem nem desconfiar.
Alexandre deixa esposa, dois filhos e uma carreira consolidada no agronegócio goiano. Um homem no auge da vida, cortado no meio de um momento de lazer. A família pede privacidade — compreensível — mas autorizou a divulgação da causa da morte na esperança de que sirva de alerta.
Que essa tragédia pelo menos nos faça refletir: quando foi sua última consulta cardiológica?