Setor Aéreo no Brasil: Um Voo Turbulento que Precisa de Socorro Estatal Urgente
Setor aéreo brasileiro: crescimento doloroso pede socorro estatal

Parece até contradição, mas é o retrato nua e crua da aviação por aqui: o setor até cresce, mas é um crescimento que dói. Quem diz é o próximo na linha para assumir o comando da ANAC, Tiago Sousa Pereira. E ele não está falando de um simples resfriado – é quase uma UTI.

Depois daquela paulada que foi a pandemia, onde os aviões praticamente viraram estátuas nos pátios, a retomada veio com fôlego curto. A galera voltou a voar, sim. Mas os custos? Ah, os custos decolaram de vez. Combustível nas alturas, dólar disparado, e uma inflação que não dá trégua. O resultado? As companhias estão correndo só para pagar as contas, sem fôlego para investir no que realmente importa.

O que Quebra a Perna do Setor?

Não é só uma coisa, é um cipoal de problemas. A infraestrutura dos aeroportos, principalmente os menores, está capenga. Tem lugar que parece que parou no tempo. E a burocracia para aprovar qualquer melhoria? Uma via-crúcis. Sem falar na concorrência desleal com empresas estrangeiras, que recebem um colchão de ajuda dos seus governos e conseguem operar com tarifas que aqui seriam prejuízo na certa.

Pereira foi bem direto: o Estado não pode ser só o fiscal, aquele que só cobra e multa. Tem que botar a mão no bolso e ser parceiro. Não é esmola, é investimento estratégico. Porque quando o avião não decola, o turismo murcha, o negócio não fecha, e a economia toda fica manca.

E o Passageiro? Como Fica?

No meio dessa confusão toda, quem paga o pato é sempre o mesmo: você. Passagem mais cara, taxa de bagagem, aperto na poltrona... tudo vira motivo para tentar cobrir um rombo que não para de crescer. A gente paga mais para ter um serviço que, vamos combinar, não está lá essas coisas. É um aperto só.

O futuro presidente da ANAC acredita que ainda dá tempo de virar o jogo. Mas o tempo é curto, e a pista está embaçada. É preciso um plano de voo claro e, acima de tudo, vontade política. Senão, corremos o risco de ver um setor vital para o país definhando, voando cada vez mais baixo até... bem, até pousar de vez.

O recado está dado. Agora, é ver se alguém vai ouvir.