
Imagine a cena: duas gigantescas aeronaves comerciais, cada uma do tamanho de um prédio de vários andares, se aproximando perigosamente em uma pista de taxiamento. Foi exatamente isso que aconteceu na última sexta-feira no movimentado Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York.
O vídeo que circula nas redes sociais é de cortar o coração — e olha que eu já vi muita coisa nesses meus anos cobrindo aviação. Um Boeing 767 da Delta Airlines, que nem sequer tinha decolado ainda, teve sua asa direita atingida pela cauda horizontal de um Boeing 757 da American Airlines. O barulho, segundo testemunhas, foi assustadoramente metálico.
O Momento do Impacto
Parece coisa de filme, mas aconteceu de verdade. As duas aeronaves estavam se movendo lentamente — taxiando, como dizemos no jargão aeroportuário — quando o impensável aconteceu. A física não perdoa: mesmo em baixíssima velocidade, o encontro entre duas estruturas tão enormes gera consequências.
E o pior? Poderia ter sido muito, mas muito pior. Se o impacto fosse em áreas mais sensíveis ou em velocidades maiores, estaríamos falando de uma tragédia de proporções incalculáveis. A sorte, se é que podemos chamar assim, é que ninguém se feriu gravemente.
As Consequências Imediatas
- Operações no JFK parcialmente paralisadas — e olha que esse é um dos aeroportos mais movimentados do mundo
- Dezenas de voos atrasados ou cancelados, deixando passageiros frustrados
- Investigação imediata aberta pela FAA (Administração Federal de Aviação)
- Ambas as aeronaves tiveram que ser removidas para inspeção detalhada
O que me deixa pensando: como é que num aeroporto tão moderno, com tanta tecnologia, ainda acontecem esses "quase acidentes"? A verdade é que o fator humano sempre estará presente, para o bem e para o mal.
O Que Realmente Importa
Mais importante do que apontar culpados — algo que a investigação certamente fará — é reconhecer que o sistema de segurança funcionou no sentido de evitar fatalidades. Os controladores de voo, os pilotos, todos os protocolos... no final das contas, o que importa é que todos saíram ilesos.
Esse incidente serve como lembrete: na aviação, a margem para erro é mínima. Cada procedimento, cada verificação, cada comunicação por rádio — tudo conta. E quando algo escapa por entre as brechas, o resultado pode ser assustadoramente cinematográfico.
Agora é aguardar os resultados da investigação. Algo me diz que vamos ouvir falar muito sobre esse caso nas próximas semanas — e talvez ele mude alguns protocolos de segurança. A aviação é assim: aprendemos com cada incidente, por menor que seja.