Tragédia no Pantanal: Corpo de arquiteto chinês vítima de queda de avião é liberado após autorização da família
Arquiteto chinês morto em queda de avião no Pantanal

A vida às vezes prega peças terríveis. E foi exatamente isso que aconteceu com Wei Li, um talentoso arquiteto chinês de 42 anos, cujo destino foi tragicamente interrompido nos céus do Pantanal. A queda do monomotor Cessna 210, na última segunda-feira, transformou o que deveria ser uma viagem de trabalho em uma das histórias mais tristes que já ouvi.

O corpo dele, sabe como é? Ficou retido no IML de Corumbá por quase uma semana. Sete dias de angústia para a família, que do outro lado do mundo esperava por um desfecho. Até que nesta terça-feira, finalmente, veio a notícia que ninguém quer receber, mas que pelo menos traz algum alívio para a dor do adeus.

O momento mais difícil

Imagina só a cena: duas mulheres, uma esposa e uma filha, tendo que autorizar por vias diplomáticas a liberação do corpo de quem mais amam. A decisão partiu delas, sim, mas com o coração despedaçado. A Polícia Civil confirmou tudo - o procedimento foi feito através de um canal consular, porque a burocracia não para nem na hora da maior das tristezas.

O delegado Danilo Cândia deu os detalhes técnicos, mas nem ele conseguiu disfarçar o peso da situação. "O laudo preliminar do IML aponta que a morte foi instantânea", disse. Quer saber? Às vezes a gente torce para que em acidentes assim a partida seja realmente rápida, sem sofrimento.

Os últimos momentos

Aquele Cessna 210, uma aeronave que já enfrentou tantos céus, simplesmente caiu numa região de fazenda, a uns 60 km de Corumbá. O piloto, um experiente comandante de 57 anos, também não resistiu. Dois profissionais, duas histórias interrompidas no meio do Pantanal.

O que me deixa pensativo é que Wei Li estava aqui a trabalho. Tinha projetos, planos, compromissos marcados na agenda. O mundo da arquitetura perdeu uma mente brilhante, mas uma família perdeu muito mais.

O que vem pela frente

Agora começa a parte mais complicada - e dolorosa. O corpo vai seguir para Campo Grande, onde o IML central vai fazer uns exames complementares. Depois? A repatriação. Um voo silencioso de volta para casa, para um funeral do outro lado do mundo.

Enquanto isso, a Polícia Civil continua suas investigações. Eles querem entender o que realmente aconteceu naquele céu de setembro. O laudo do avião, as condições meteorológicas, a manutenção da aeronave - tudo está sendo minuciosamente examinado.

O consulado chinês está acompanhando cada passo, é claro. E a família... bem, a família tenta encontrar forças onde já não existe mais nenhuma.

Às vezes a gente esquece como a vida é frágil. Um voo de trabalho, uma viagem rotineira, e de repente tudo muda. O Pantanal, que normalmente é cenário de belezas naturais de tirar o fôlego, testemunhou mais uma tragédia aérea. E duas famílias, uma no Brasil e outra na China, nunca mais serão as mesmas.