
Parece que o jogo virou no tabuleiro da aviação brasileira. A Air Canada, que já estava com as malas prontas para retomar seus voos por aqui, deu um passo atrás inesperado. E o motivo? Uma baita desavença com o sindicato dos pilotos — aquela velha história de "eu quero, você não dá".
A situação é mais enrolada que fio de pipa em dia de ventania. A justiça canadense tinha dado um prazo até o dia 15 de agosto para que o sindicato aceitasse um acordo. Mas os representantes dos pilotos resolveram fazer ouvidos moucos à decisão. Resultado? A companhia aérea simplesmente suspendeu todos os planos de retomada no Brasil.
O que deu errado?
Segundo fontes próximas ao caso, o caldo entornou por causa de um detalhe que parecia pequeno, mas era crucial: a escala de voos. A Air Canada queria retomar gradativamente, começando com apenas três rotas semanais. Já o sindicato insistia em pelo menos cinco — e com garantias trabalhistas que a empresa considerou "fora da realidade".
"É como negociar o preço da feira quando o vendedor já embalou as mercadorias", comentou um analista do setor que preferiu não se identificar. A verdade é que ninguém saiu ganhando nessa queda de braço.
E agora, José?
Os passageiros que já tinham comprado passagens para os próximos meses estão, literalmente, no limbo. A companhia promete reembolsos ou remarcações, mas a burocracia promete ser tão longa quanto um voo sem escala para Tóquio.
E tem mais: essa treta toda pode afetar outros acordos comerciais entre Brasil e Canadá. Alguns especialistas já falam em "efeito dominó" — quando uma peça cai, as outras balançam. Será que vamos ver mais empresas repensando seus investimentos por aqui?
Enquanto isso, nos aeroportos, o silêncio das salas de embarque da Air Canada parece gritar mais alto que qualquer anúncio de voo atrasado. Uma pena, porque o Brasil estava mesmo precisando dessa rota — especialmente agora, com a alta temporada se aproximando.