
Imagine a cena: uma mãe correndo desesperada pelas ruas de Teresina, com o coração na mão, até avistar uma ambulância parada no meio do caminho. Dentro, sua filha adolescente - pálida, assustada, mas viva. Essa foi a realidade de Dona Maria* na última quarta-feira (7), depois de um daqueles acidentes que ninguém consegue prever.
O negócio foi tão absurdo que até parece roteiro de novela. Tudo começou numa escola particular da zona Leste da capital, onde a garota de 15 anos - vamos chamá-la de Ana - estava arrumando o cabelo no intervalo das aulas. A tal penteadeira, aquelas de espelho grande, simplesmente decidiu que não aguentava mais ficar em pé e... ploft! Desabou em cima da moça.
O desespero da busca
"Quando me ligaram da escola, parecia que o mundo tinha acabado", conta Maria, ainda tremendo ao lembrar. "Disseram que levaram ela pro hospital, mas ninguém sabia pra qual. Fiquei rodando a cidade igual barata tonta."
E não é que no meio dessa correria louca ela avistou uma ambulância estacionada na Rua Magalhães Filho? "Nem acreditei quando vi minha filha lá dentro. Os socorristas estavam esperando liberação pra seguir pro hospital", explica.
Ferimentos e reviravoltas
Ana teve sorte, se é que dá pra dizer isso. Ficou com cortes no braço e um galo na cabeça que deixaria o Hulk com inveja. Mas poderia ter sido pior - muito pior. "Aquele espelho pesa uns 20kg fácil", comenta um funcionário da escola que preferiu não se identificar. "A gente sempre avisa pra tomar cuidado, mas adolescente é assim mesmo..."
O caso levantou um debate importante: até que ponto as escolas estão preparadas para evitar esse tipo de acidente? A diretoria do colégio emitiu uma nota dizendo que "tomará as providências necessárias", mas evitou detalhes. Enquanto isso, Ana se recupera em casa, sob os cuidados da mãe - que jurou nunca mais deixar a filha se pentear na escola.
*Nomes alterados para preservar a identidade dos envolvidos