O que começou como uma tarde comum na Zona Centro-Oeste de Manaus rapidamente se transformou em caos. Por volta das 15h desta quinta-feira (15), um incêndio — daqueles que deixam a vizinhança de cabelo em pé — engoliu uma casa inteira, reduzindo-a a escombros em questão de minutos.
Testemunhas contam que as chamas surgiram do nada, como se alguém tivesse acendido um pavio invisível. "Foi rápido demais, parecia um filme de ação", descreve um morador que preferiu não se identificar, ainda visivelmente abalado. O fogo, que devorou móveis, documentos e memórias, deixou para trás apenas a estrutura carbonizada — um esqueleto de concreto que mal lembra uma residência.
Bombeiros em ação
Quando os bombeiros chegaram — e olha que não demoraram —, já era tarde para salvar o imóvel. O trabalho heroico (porque é assim que tem que chamar) foi evitar que as labaredas se espalhassem para as casas vizinhas, num bairro onde os lotes são colados uns nos outros feito sardas no rosto de um adolescente.
Curiosamente — ou tragicamente —, ninguém se feriu. A família, que mora no local, não estava em casa quando o inferno começou. Sorte? Destino? Ainda não dá pra dizer. O que se sabe é que o Corpo de Bombeiros trabalhou por horas para garantir que nenhum foco de incêndio resistisse.
E agora?
As causas ainda são um mistério envolto em fumaça. Investigadores já estão no local, vasculhando cada centímetro queimado em busca de pistas — um trabalho minucioso, como procurar agulha num palheiro, só que o palheiro também virou cinza.
Enquanto isso, os donos da casa enfrentam o pesadelo de reconstruir uma vida a partir do zero. Vizinhos se mobilizam para ajudar, porque é assim que as coisas funcionam por aqui: quando a tragédia bate à porta, a comunidade vira família.
Uma pergunta que não quer calar: como um incidente desses acontece em plena luz do dia, num bairro movimentado? Especialistas ouvidos pela reportagem sugerem desde problemas na instalação elétrica — velha conhecida dos acidentes domésticos — até possíveis falhas humanas. Mas, por enquanto, tudo não passa de especulação.
