Não foi um despertar tranquilo para os moradores da Zona Norte do Rio nesta segunda-feira (18). Por volta das 3h da madrugada, um clarão sinistro iluminou o céu — e não, não era o nascer do sol antecipado. Era o início de um pesadelo que consumiria boa parte da frota de uma empresa de transporte.
O estrago? Digno de filme catástrofe: pelo menos 40 ônibus viraram cinzas em questão de horas. As labaredas, altas o suficiente para assustar até os bombeiros mais experientes, devoraram veículos como se fossem de papelão.
"Parecia um inferno", relata vigilante
O segurança que fazia a ronda noturna foi o primeiro a perceber o fogo — e garante que nunca viu nada igual em seus 15 anos de profissão. "Pensei que fosse um ou dois ônibus, mas quando cheguei perto... Meu Deus! Era metade da garagem em chamas", contou, ainda abalado.
Os bombeiros, esses heróis de plantão, trabalharam contra o relógio para controlar o incêndio. Sabe quando você tenta apagar uma vela com um borrifador? Era mais ou menos essa a proporção. Só depois de quatro longas horas conseguiram domar as chamas.
E agora?
Além do prejuízo material — que deve passar dos milhões —, a cidade enfrenta outro problema: como repor dezenas de ônibus de uma tacada só? A empresa garante que está trabalhando em um plano de contingência, mas os usuários do transporte público já começam a sentir o baque.
"Vai faltar ônibus, né? Como sempre", resmunga Dona Maria, que depende da linha afetada para ir trabalhar. Ela tem razão em se preocupar — a frota queimada representava quase 30% da capacidade operacional da empresa na região.
Enquanto isso, a perícia já está no local tentando descobrir o que transformou uma noite comum em cenário de filme de ação. As suspeitas iniciais? Desde problemas elétricos até — pasme — um possível ato criminoso. Mas calma, isso ainda é só especulação.
Uma coisa é certa: o cheiro de queimado ainda vai persistir por dias na região, assim como as perguntas sem resposta sobre como um incêndio dessa magnitude pôde acontecer.
