
Parecia mais uma terça-feira comum no movimentado Centro de Belo Horizonte, mas o que começou como um dia rotineiro rapidamente se transformou em cenas de caos e desespero. Por volta das 10h30 da manhã, chamas intensas começaram a devorar uma loja comercial na Rua da Bahia — aquela mesma rua que normalmente transborda vida e comércio.
Testemunhas relataram que primeiro viram uma fumaça densa, daquelas que deixam a garganta arranhando só de olhar. "De repente, era como se o céu escurecesse só naquela quadra", contou um vendedor ambulante que prefere não se identificar. Em questão de minutos, o fogo já dominava o interior do estabelecimento, transformando mercadorias em cinzas.
Os bombeiros, esses heróis do cotidiano que muitas vezes esquecemos que existem até precisarmos deles, chegaram rápido — deve ter sido coisa de 15 minutos, segundo os moradores da região. Quatro viaturas, imagina só! E mais uma dezena de profissionais correndo contra o relógio enquanto as labaredas pareciam dançar de forma sinistra atrás das vidraças.
O trabalho dos bombeiros
O que mais impressionava não era só o fogo em si, mas a coreografia precisa dos bombeiros trabalhando. Dois hidrantes acionados, mangueiras que pareciam serpentes gigantes desenrolando-se pelas calçadas, e aqueles homens e mulheres com seus equipamentos pesados entrando na fumaça como se fosse segunda-feira no escritório.
Eles isolaram a área rapidamente — coisa fundamental, porque o trânsito no Centro já é complicado num dia normal, imagina com um espetáculo trágico desses acontecendo. A fumaça? Era tanta que dava para ver de vários quarteirões de distância, um espetáculo macabro que atraía curiosos e preocupados.
E as consequências?
Agora, o que ninguém sabe ainda é o que causou essa tragédia. Investigação vai ter, lógico — os peritos já devem estar fuçando cada centímetro carbonizado do lugar. O prejuízo material? Calcula-se que seja grande, muito grande mesmo, mas ainda não dá para cravar um número.
O mais importante: até onde se sabe, não houve feridos. Graças a Deus, ou ao destino, ou à rápida ação de quem estava por perto. Porque fogo é uma dessas coisas que não perdoa — um minuto de descuido e vira história.
Enquanto isso, o comércio ao redor segue funcionando, mas com aquele ar de quem acabou de ver um pesadelo acontecer ao lado. A Rua da Bahia vai se recuperar, claro — ela já sobreviveu a tantas coisas em seus anos de história. Mas essa terça-feira, com seu céu cheio de fumaça e seu cheiro de queimado persistente, certamente vai ficar na memória de quem testemunhou tudo.