
Era só mais uma manhã qualquer em Manaus até que o chão literalmente cedeu. Na cabeceira da Ponte dos Bilhares, um dos principais acessos da cidade, o barranco resolveu dar uma de Houdini e desaparecer — deixando um rastro de terra e preocupação.
Moradores que passavam pelo local notaram primeiro: aquela fissura que parecia inofensiva na semana passada agora era um convite para o caos. "Do nada, a terra começou a afundar", contou um mototaxista que prefere não se identificar — porque, vamos combinar, ninguém quer ser o portador de más notícias, né?
O estrago
O que era um simples desnível virou uma cratera digna de filme de ação. A erosão avançou cerca de 2 metros, ameaçando a estrutura da ponte. E olha que essa não é qualquer ponte: ela é vital para ligar o centro à zona leste da capital amazonense.
Engenheiros da prefeitura foram acionados às pressas. Entre termos técnicos e olhares preocupados, a avaliação inicial é que "a situação exige intervenção imediata" (sim, com dois "a" mesmo — o corretor até gaguejou).
E agora?
Enquanto isso, a prefeitura instalou aquelas barreiras laranjas que todo mundo adora ignorar. Mas dessa vez, melhor respeitar: o trecho está parcialmente interditado, e só passam por ali quem tem coragem — ou falta de opção.
- Trânsito? Caótico, como sempre — só que pior
- Risco de novos deslizamentos? Presente
- Solução definitiva? Ainda em discussão
Curiosidade: essa não é a primeira vez que o solo manauara prega peças. A combinação de chuvas intensas e solo arenoso transforma a cidade num verdadeiro "queijo suíço" durante o inverno amazônico.
Enquanto as máquinas não chegam, o jeito é torcer para que o barranco esteja de bom humor. Porque quando a natureza resolve dar as cartas, nem a melhor engenharia consegue blefar.