Tragédia em SP: Corpo de Paraibana Vítima de Desabamento em Restaurante de Chef Fogaça Chega à Terra Natal
Corpo de vítima de desabamento chega à Paraíba

O silêncio no aeroporto de João Pessoa quebrou-se apenas pelo choro contido. Na tarde desta quarta, o corpo de Jamile da Silva, aquela mulher de 38 anos que partiu em busca de oportunidades em São Paulo, finalmente retornou ao solo que a viu nascer. Uma tragédia anunciada - e tão evitável - roubou-lhe o futuro.

Quem diria que o jantar no badalado restaurante do chef Fogaça, aquele mesmo que encantava jurados no MasterChef, terminaria em pesadelo? A estrutura simplesmente cedeu. Desabou. E com ela, os sonhos de Jamile.

O Longo Caminho de Volta para Casa

O voo da Gol, carregando não apenas um corpo, mas uma história interrompida, pousou por volta das 14h. O sol paraibano, normalmente tão acolhedor, parecia ironicamente cruel. Familiares - ah, esses corações partidos - aguardavam no sagué. A dor nos olhos da mãe, Dona Maria, era quase palpável.

"Ela estava tão feliz com o novo emprego", contou uma prima, entre lágrimas. "Falava que finalmente as coisas estavam se encaixando. Ironia do destino, não?"

InvestigAção em Andamento

Enquanto isso, em São Paulo, as investigações seguem a todo vapor. O que causou o desabamento? Falha estrutural? Imperícia? Negligência? Perguntas que ecoam nos corredores da delegacia e nos escritórios de engenharia.

O restaurante, é claro, está interditado. O chef Fogaça - aquele das estrelas Michelin e dos pratos sofisticados - agora enfrenta seu maior desafio: explicar o inexplicável.

  • Vítima tinha 38 anos
  • Trabalhava como auxiliar administrativa
  • Estava há menos de um ano em São Paulo
  • Deixa mãe e dois irmãos na Paraíba

O velório acontece nesta quinta-feira, na capital paraibana. Jamile será enterrada no Cemitério Parque da Esperança, nome que soa quase como uma piada de mau gosto diante de tanta tristeza.

E assim seguimos: uma família despedaçada, um chef com sua reputação em jogo, e uma pergunta que não quer calar: quantas mais precisam morrer antes que a segurança seja prioridade?