
Imagine estar presa em um avião por horas, tendo que lidar não só com o cansaço do trabalho, mas também com piadas de mau gosto e olhares constrangedores. Foi exatamente o que aconteceu com uma comissária de bordo em um voo internacional — e o pior veio depois, quando ela resolveu falar.
Segundo relatos, a funcionária — que preferiu não se identificar — sofreu assédio moral durante um voo proveniente de Angola. Os supostos agressores? Colegas de profissão, que deveriam ser seus aliados em pleno ar. "Foi como se eu fosse invisível, mas ao mesmo tempo o alvo de todas as brincadeiras", desabafou ela, em entrevista.
O voo que virou pesadelo
Detalhes do caso:
- Comentários desrespeitosos sobre sua aparência
- Piadas recorrentes durante todo o trajeto
- Isolamento proposital por parte da tripulação
E se você acha que o constrangimento ficou restrito à cabine, engana-se. Ao fazer a denúncia, a comissária virou alvo nas redes sociais — como se a humilhação no ar não bastasse. "Mexeu comigo de um jeito que não esperava", confessou, sobre os ataques virtuais.
"Não foi brincadeira, foi violência"
Especialistas em direito trabalhista ouvidos pelo caso foram enfáticos: o que aconteceu configura assédio moral, passível de ação judicial. "Quando o ambiente de trabalho vira um campo de batalha psicológica, temos um problema grave", alerta uma consultora jurídica.
A empresa aérea em questão já se manifestou — aquela declaração padrão, sabe? — dizendo que "repudia qualquer tipo de assédio" e que está apurando os fatos. Enquanto isso, a funcionária tenta reconstruir sua autoestima entre sessões de terapia e o medo de voltar a trabalhar.
E você, já parou pra pensar quantas pessoas passam por isso caladas, com medo de represálias? Pois é... às vezes o assento mais perigoso num avião não é o próximo à saída de emergência.