
Imagine a cena: uma madrugada qualquer, a estrada escura, e um profissional lá, fazendo seu trabalho como sempre fez. E então, num piscar de olhos, tudo muda. Foi assim que uma tragédia brutal ceifou a vida de um borracheiro em Santa Catarina – esmagado pelo próprio caminhão de guincho que era seu instrumento de trabalho.
O fato, que tem tudo para virar caso de estudo sobre segurança, aconteceu por volta das 3h da manhã desta terça-feira (26), na SC-418, no trecho que corta o município de Itapiranga. Segundo as primeiras informações que circularam – e que são de cortar o coração – o homem estava prestes a auxiliar um veículo, baixando o macaco hidráulico do caminhão, quando o impensável aconteceu.
O caminhão simplesmente recuou sobre ele. Não deu tempo de reação, nem de gritar. Uma fatalidade dessas faz a gente parar e pensar: será que a rotina nos deixa cegos para os perigos que estão ali, na nossa frente?
O Socorro que Não Chegou a Tempo
O Corpo de Bombeiros foi acionado ás pressas, mas quando chegaram ao local, a realidade era a pior possível. O homem já estava morto. A equipe do Samu também veio, confirmou o óbito, e aí começou o outro lado triste dessa história: a perícia técnica.
O Instituto Geral de Perícias (IGP) assumiu para fazer aquele trabalho silencioso e crucial de entender os detalhes técnicos do acidente. Enquanto isso, a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) isolou a área – aquele cenário de fita amarela e silêncio pesado que ninguém quer ver.
Um Nome, Uma História
Aqui é onde a coisa fica pesada de verdade. Por trás do "acidente de trabalho" está um homem de 44 anos. Um nome, uma família, uma história interrompida de forma tão abrupta e violenta. A identidade dele não foi divulgada de imediato – e faz sentido, a família precisa de um mínimo de respeito e privacidade para processar o luto.
É aquele tipo de notícia que a gente lê e torce para que nunca chegue perto de ninguém que a gente conhece. Um trabalhador, na labuta do dia a dia, que não voltou para casa.
O que será que falhou? Um freio? O terreno irregular? Um descuido momentâneo? São perguntas que só a investigação vai poder responder.
Uma coisa é certa: o debate sobre as condições de segurança para profissionais que atuam nas estradas, muitas vezes sob pressão e em condições de risco, precisa sair do papel. Urgentemente. Esse homem não pode ser só mais um número.