
Um dia que começou como qualquer outro terminou em tragédia para um serralheiro em Caraguatatuba, no litoral de São Paulo. Por volta das 10h da manhã desta quarta-feira (14), o profissional — cujo nome ainda não foi divulgado — despencou de uma altura equivalente a um prédio de três andares enquanto trabalhava numa obra.
Testemunhas contam que o barulho da queda ecoou como um trovão. "A gente ouviu um baque seco, correu pra ver e ele já estava lá embaixo, sem movimento", relatou um colega de trabalho, ainda visivelmente abalado. O local? Uma construção residencial no bairro Massaguaçu, zona nobre da cidade.
Minutos decisivos
Quando o SAMU chegou — e olha que foi rápido, em menos de 15 minutos —, já era tarde demais. Os paramédicos tentaram de tudo: massagem cardíaca, desfibrilador, aquele protocolo todo que a gente vê na TV. Nada. O laudo preliminar aponta traumatismo craniano grave como causa da morte.
Ah, e tem um detalhe que deixa tudo mais absurdo: não havia nenhum equipamento de segurança no local. Nem rede, nem cinto, nada! "É aquela história", comentou um vizinho que preferiu não se identificar, "sempre economizam no que é mais importante".
O que diz a lei
Pela Norma Regulamentadora 35 — quem trabalha na área conhece bem —, qualquer atividade acima de 2 metros exige proteção contra quedas. Oito metros então? Nem se fala! A delegacia local já abriu inquérito pra apurar responsabilidades, mas você já sabe como essas coisas costumam terminar...
Enquanto isso, no local do acidente, restaram apenas as marcas no chão e o silêncio pesado. A família do serralheiro — pai de dois filhos, segundo vizinhos — deve buscar o corpo ainda hoje. O canteiro de obras? Interditado. A vida? Segue, desigual como sempre.