Campinas em alerta: Novo processo por horas extras a cada 18 minutos — Justiça do Trabalho revela dados chocantes
Processo por horas extras a cada 18 min em Campinas

Parece que o relógio não para de correr — e não estamos falando do horário comercial. Na região de Campinas, um novo processo judicial por horas extras não pagas ou abusivas é aberto a cada 18 minutos, segundo dados recentes da Justiça do Trabalho. Sim, você leu certo: enquanto você toma um café, alguém está brigando na justiça pelo direito a um descanso digno.

Números que doem no bolso — e na consciência

Os tribunais trabalhistas da região estão entupidos de ações. Só no primeiro semestre deste ano, foram mais de 14 mil processos relacionados a horas extras — um aumento de 23% em comparação com 2024. E olha que a gente nem chegou no fim do ano, quando esses casos costumam explodir como panela de pressão esquecida no fogo.

"É um cenário preocupante", admite um juiz que prefere não se identificar — ironicamente, ele mesmo estava trabalhando até tarde quando concedeu a entrevista. "Muitas empresas ainda tratam a jornada excessiva como normalidade, não como exceção."

O que está por trás dessa epidemia judicial?

  • Pressão por produtividade: Metas irreais levam a jornadas intermináveis
  • Registro falho: Sistemas de ponto que "esquecem" de marcar as horas extras
  • Cultura do presenteísmo: Aquela velha história de "quem sai mais cedo não é comprometido"
  • Home office sem limites: Trabalho invade casa como visitante inconveniente que não sabe a hora de ir embora

E tem mais: especialistas apontam que a lei do banco de horas, flexibilizada em 2017, virou um prato cheio para abusos. "Virou moeda de troca: horas extras por 'oportunidade de crescimento'", dispara uma advogada trabalhista, enquanto organiza pilhas de processos no escritório — sim, ela também estava fazendo hora extra.

E o trabalhador? Bem... cansado

Do outro lado do balcão, os funcionários relatam histórias que dariam um livro de terror corporativo. Tem desde o operário que acumulou 300 horas extras não pagas até o estagiário que virou "faz-tudo" em troca de uma vaga efetiva que nunca chegou.

"É como se o direito ao descanso tivesse virado artigo de luxo", comenta um sindicalista, entre um gole de café e outro. Ele mesmo já perdeu as contas de quantas madrugadas passou analisando casos parecidos.

Enquanto isso, os tribunais trabalhistas da região parecem ter virado uma linha de produção — só que em vez de produtos, fabricam sentenças. E a conta, claro, sempre acaba chegando: seja no bolso dos empresários ou na saúde dos trabalhadores.