
A vida no campo esconde perigos que, às vezes, surgem quando menos se espera. Foi o que aconteceu na última sexta-feira, num sítio em Colméia, interior do Tocantins. Valdir Alves da Silva, um agricultor de 65 anos que dedicava a vida ao trabalho rural, não voltou para casa.
O que começou como mais um dia de trabalho terminou em tragédia. Por volta das 10h da manhã, Valdir operava uma máquina agrícola — dessas que todo mundo vê pelas estradas rurais — quando algo deu terrivelmente errado. Uma descarga elétrica, violenta e silenciosa, atingiu o homem. Quem diria que a rotina do campo poderia ser tão cruel?
A notícia correu rápido pela pequena Colméia, cidade de pouco mais de 8 mil habitantes onde todo mundo se conhece. O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente, mas o que encontraram foi desolador. Valdir já não respondia, vítima fatal do choque que sofreu enquanto trabalhava.
Uma família destruída pela dor
O agricultor não era apenas mais um trabalhador rural. Era pai do vereador Valdir Júnior, figura conhecida na política local. Imagino a dor do filho ao receber aquela ligação — aquela que ninguém nunca quer receber. De repente, a vida vira de cabeça para baixo.
O Samu tentou reanimá-lo no local, sabe? Fizeram de tudo, mas algumas batalhas a medicina ainda não consegue vencer. O choque foi forte demais. Transportaram para o hospital, mas era tarde. Valdir partiu, deixando uma família despedaçada e uma comunidade em choque.
O perigo escondido na rotina do campo
Esses acidentes com eletricidade no campo são mais comuns do que a gente imagina. As pessoas pensam que o perigo mora só na cidade grande, no trânsito caótico, na violência urbana. Mas a vida rural tem seus próprios riscos — e eles podem ser fatais.
As máquinas agrícolas, tão essenciais para o sustento de tantas famílias, escondem perigos quando a manutenção não é feita direito ou quando o cansaço faz a gente baixar a guarda. Um fio desencapado, um equipamento com defeito, um descuido de segundos — e a vida pode mudar para sempre.
A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as circunstâncias exatas do acidente. Querem entender o que aconteceu naquela manhã fatídica. Será que era um equipamento velho? Falta de manutenção? Ou foi apenas o destino sendo cruel com um homem que só queria trabalhar?
Enquanto isso, em Colméia, o luto se instalou. O velório aconteceu no sábado, e o enterro no domingo, no cemitério municipal. A cidade pequena, onde as alegrias e as tristezas são compartilhadas por todos, chora a perda de mais um filho da terra.
E assim segue a vida — ou o que resta dela para a família de Valdir. Uma lição dura sobre como a rotina pode ser interrompida num piscar de olhos, e como os perigos do campo merecem tanta atenção quanto os das cidades.