
Um funcionário de uma empresa de segurança privada na região de Sorocaba registrou um boletim de ocorrência alegando ter sido agredido fisicamente por recusar-se a assinar uma advertência disciplinar. O caso, que ocorreu nesta semana, está sendo investigado pelas autoridades.
Segundo o relato da vítima, a situação ocorreu quando foi chamado para uma reunião com a gerência. "Me apresentaram um documento com advertências infundadas e me pressionaram para assinar. Quando me recusei, fui segurado e empurrado", descreveu o trabalhador em depoimento.
Detalhes do ocorrido
O funcionário, que preferiu não se identificar, afirma que a advertência continha acusações falsas sobre seu desempenho profissional. "Eles queriam que eu assumisse erros que não cometi, provavelmente para justificar alguma medida posterior contra mim", declarou.
Testemunhas confirmaram à polícia ter ouvido vozes alteradas e barulho de discussão acalorada no local do incidente. O trabalhador apresentou pequenos ferimentos compatíveis com sua versão dos fatos.
Reação da empresa
Procurada, a empresa emitiu nota afirmando que "repudia qualquer forma de violência" e que está conduzindo uma apuração interna sobre o caso. Ainda segundo a nota, a companhia "respeita todos os protocolos trabalhistas e está à disposição para colaborar com as investigações".
Especialistas em direito trabalhista ouvidos sobre o caso destacam que nenhum empregado pode ser obrigado a assinar advertências contra sua vontade. "A recusa em assinar não invalida a aplicação da medida disciplinar, mas a empresa deve registrar o fato e seguir os procedimentos legais", explica a advogada Mariana Campos.
Próximos passos
O caso foi encaminhado ao Ministério Público do Trabalho, que deve analisar possíveis violações à legislação trabalhista. Enquanto isso, o funcionário agredido busca assistência médica e jurídica.
O sindicato da categoria já se manifestou, classificando o ocorrido como "inaceitável" e prometendo acompanhar de perto o desdobramento das investigações. "Nenhum trabalhador deve temer por sua integridade física no ambiente de trabalho", afirmou o presidente da entidade.