
Um frigorífico em Mato Grosso foi condenado a pagar R$ 200 mil em indenizações por danos morais após uma funcionária perder suas filhas gêmeas durante um trabalho de parto ocorrido dentro do local de trabalho. O caso, que chocou a região, expôs graves falhas nas condições oferecidas às trabalhadoras gestantes.
O trágico episódio
A funcionária, que estava no oitavo mês de gravidez de gêmeas, começou a sentir fortes dores durante o expediente. Mesmo com sinais evidentes de trabalho de parto, não recebeu atendimento médico imediato nem foi encaminhada com urgência ao hospital.
Falhas no socorro
Testemunhas relataram que:
- A gestante pediu ajuda várias vezes
- Não havia estrutura médica adequada no local
- O transporte para o hospital demorou excessivamente
Decisão judicial
A Justiça considerou que a empresa:
- Falhou em fornecer condições seguras para gestante
- Negligenciou o atendimento emergencial
- Violou direitos trabalhistas básicos
O valor da indenização foi fixado considerando o sofrimento da mãe e a gravidade das falhas da empresa. O frigorífico ainda pode recorrer da decisão.
Proteção às gestantes
Especialistas lembram que a legislação brasileira garante:
- Licença-maternidade
- Condições adequadas de trabalho
- Atendimento emergencial
Casos como este reforçam a necessidade de maior fiscalização nas relações trabalhistas, especialmente em setores com grande contingente de mulheres, como o frigorífico.