Um susto que virou pesadelo. Na tarde desta quarta-feira (14/08), um elevador de carga simplesmente desabou como um castelo de cartas em um prédio de Uberlândia. Dois andares de queda livre — e o pior: com gente dentro.
Segundo testemunhas, o barulho foi de estremecer os ossos. "Pareceu um trovão dentro do prédio", contou um morador do local, ainda abalado. Os operários, que estavam fazendo serviços de manutenção, não tiveram chance de reagir.
Feridos, mas vivos — e isso é o que importa
Três trabalhadores foram levados às pressas para o hospital. Um deles, segundo o Corpo de Bombeiros, chegou a ficar preso nos escombros do elevador — que ficou irreconhecível, feito um rolo de papel amassado.
Por sorte (se é que dá pra chamar disso), nenhuma morte. Mas os ferimentos? Graves o suficiente para deixar todo mundo com o coração na mão. Fraturas, cortes profundos e muito trauma. "A gente trabalha todo dia com isso, mas nunca acha que vai acontecer com a gente", desabafou um colega das vítimas.
E agora, quem paga o pato?
O prédio, que fica na região central da cidade, estava em obras. A perícia já está no local, revirando cada parafuso solto — literalmente. A promessa é de que o laudo saia em até 30 dias, mas todo mundo sabe: essas coisas costumam demorar mais que fila de INSS.
Enquanto isso, o sindicato já soltou nota. Querem saber, e com razão, se os equipamentos passavam por manutenção regular. "Isso aqui não é questão de 'azar', é negligência pura", disparou o representante dos trabalhadores, com a voz embargada de raça.
A empresa responsável pelo elevador — que prefere não aparecer nessa história — limitou-se a dizer que "está colaborando com as investigações". Traduzindo: tão correndo atrás do prejuízo jurídico.
