Era um dia como qualquer outro nas águas da Baía de Todos-os-Santos — até que não foi. Por volta das 10h desta segunda-feira (19), um rebocador, desses que parecem indestrutíveis, resolveu dar um abraço nada amigável na Ponte Salvador-Itaparica, aquela obra faraônica feita para a Copa de 2014. O resultado? Ferrugem trocada, estrutura abalada e uma baita dor de cabeça.
Segundo testemunhas, o barco — que carregava um carregamento de containers — simplesmente perdeu a noção ao se aproximar do vão central. "Parecia um cachorro tentando passar por um portão fechado", brincou um pescador local, antes de corrigir: "Brincadeira à parte, foi barulho pra chuchu".
Efeito dominó
A colisão:
- Danificou pelo menos três vigas de sustentação (e o ego do capitão, imagino)
- Interrompeu parcialmente o tráfego de embarcações pequenas
- Acionou três órgãos fiscalizadores antes do almoço
Engenheiros da CCR, concessionária que administra a ponte, já estão no local fazendo aquela vistoria que ninguém queria precisar fazer. "Avaliamos se há risco imediato", disse um técnico que preferiu não ser identificado — provavelmente porque estava com a camisa suja de graxa.
E agora?
A Capitania dos Portos, sempre eficiente, já abriu inquérito para apurar as causas. As suspeitas iniciais? Falha mecânica, erro humano ou — quem sabe — um GPS com ressaca. "Nada de alarde", pede um porta-voz, enquanto os navegantes reclamam dos atrasos.
Curiosidade: essa não é a primeira vez que a ponte leva um susto. Em 2019, uma balsa quase virou o "beijo" em colisão. Parece que a estrutura atrai acidentes como ímã — ou será azar mesmo?
