
O Mediterrâneo, que já foi palco de tantas histórias de esperança, virou cenário de mais uma tragédia humana. Um barco abarrotado de migrantes — gente como a gente, só que com menos sorte — virou do avesso perto da ilha italiana de Lampedusa. Pelo menos 20 almas se foram nesse vai-não-vai do destino.
Segundo as autoridades locais, o barco tava mais cheio que ônibus em horário de pico. Quando a embarcação começou a balançar feito pião, não deu tempo nem de piscar. A Guarda Costeira italiana correu contra o relógio, mas o mar, esse velho caprichoso, não colaborou.
O resgate que virou corrida contra a morte
Os socorristas chegaram encontrando um cenário digno de pesadelo: corpos boiando entre destroços, gente gritando por ajuda em línguas que ninguém entendia direito. Até agora, conseguiram pescar do mar uns 30 sobreviventes — milagres ambulantes, cada um com uma história que daria um livro.
E olha que isso acontece justamente quando a Europa tá toda enrolada em discussões sobre imigração. Enquanto os políticos debatem números e estatísticas, o Mediterrâneo vira cemitério líquido. Ironia? Tragédia? Os dois, provavelmente.
Detalhes que cortam o coração
- O barco partiu da Líbia, onde a situação tá tão feia que arriscar a vida no mar parece opção razoável
- Testemunhas falam de crianças a bordo — quantas se salvaram, ninguém sabe ao certo
- A Guarda Costeira usou até barcos de pesca locais na operação de resgate
Parece que a cada tragédia dessas a gente promete "nunca mais", mas aí o calendário vira e tá lá de novo. A ONU soltou um comunicado cheio de palavras bonitas, mas no fim, quem se lembra dos números vira estatística?
Enquanto isso, em Lampedusa, os pescadores locais — esses heróis sem capa — continuam vasculhando as águas. Não por ordens de ninguém, mas porque, no fundo, todo mundo sabe: poderia ser eu ali, poderia ser você.