
O rio Amazonas, normalmente sinônimo de vida e transporte, testemunhou nesta quarta-feira uma cena digna de pesadelo. Por volta das nove da manhã, as águas escuras próximas à comunidade Nossa Senhora do Livramento refletiram chamas que pareciam saídas de um filme catástrofe.
Uma balsa de transporte — aquelas que são o coração pulsante do comércio regional — simplesmente pegou fogo. Do nada. E o resultado foi, francamente, aterrorizante.
O inferno sobre as águas
Segundo testemunhas que ainda parecem estar em estado de choque, as chamas começaram de repente, consumindo a embarcação com uma fúria impressionante. A fumaça era tão densa que dava para ver de quilômetros de distância, uma mancha negra contra o céu amazônico.
O Corpo de Bombeiros, sempre heróis nesses momentos de caos, chegou correndo — ou melhor, navegando a toda velocidade. Mas o que encontraram... bom, digamos que não era nada bom.
O drama humano por trás das chamas
Entre a confusão e o desespero, um nome emergiu: Francisco das Chagas. Esse homem, um trabalhador comum que provavelmente acordou pensando em mais um dia normal de trabalho, acabou no centro dessa tragédia absurda.
As queimaduras? Quase 100% do corpo. Eu sei, é difícil até de imaginar. O tipo de lesão que faz até os médicos mais experientes respiraram fundo antes de agir.
O resgate foi daqueles de tirar o fôlego — equipes se coordenando no meio do rio, o barco em chamas, e um homem lutando pela vida. Conseguiram estabilizá-lo, mas a situação é crítica. Muito crítica.
Para onde vai o Francisco?
O plano era levá-lo direto para o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, em Recife. Sim, Recife — do Amazonas para Pernambuco, porque quando a coisa aperta, a gente busca o melhor, não importa a distância.
Mas a vida tem seus caprichos. O estado de saúde do Francisco piorou durante o transporte, obrigando uma parada de emergência em Manaus. Agora ele está no Pronto-Socorro 28 de Agosto, recebendo os cuidados mais urgentes antes de qualquer transferência.
E os outros?
Aqui vai um pequeno alívio nessa história triste: os outros dois tripulantes conseguiram escocar praticamente ilesos. Um milagre, considerando o inferno que era aquela balsa. Estão assustados, é claro, mas vivos e com saúde.
Enquanto isso, as investigações já começaram. O que será que causou essa tragédia? Vazamento de combustível? Problema elétrico? Alguém deixou algo ligado que não devia? A Polícia Civil já está no caso, tentando desvendar esse mistério que quase custou vidas.
O Amazonas hoje acordou com essa notícia amarga. Mais um lembrete cruel de como a vida pode mudar em segundos — de um dia normal de trabalho para uma luta pela sobrevivência nas águas escuras do maior rio do mundo.