O litoral do Espírito Santo viveu dias de angústia que terminaram em luto. Uma busca que mobilizou a região finalmente encontrou o que todos temiam: os corpos de Guilherme Siqueira e do piloto Rafael Félix, desaparecidos desde que sua lancha partiu de Itapemirim.
E aí você para e pensa: como algo que começou como um simples passeio pode terminar assim? A lancha, um modelo RIB de 6,5 metros, simplesmente sumiu do radar depois de zarpar naquela segunda-feira. Ninguém esperava por isso.
Os Homens Por Trás da Tragédia
Guilherme não era um nome qualquer por essas bandas. O cara tinha visão — criou o MacaKids, aquele aplicativo que virou febre entre a criançada. Um empreendedor nato, sabe? Já Rafael, 32 anos, era o experiente piloto que conhecia como poucos as águas capixabas.
O pior é que a família deles ficou naquele desespero. Quando a lancha não deu notícias, o alvoroço foi geral. A mulher de Guilherme não aguentou a espera e acionou todo mundo que podia.
Busca Incansável no Mar
O que se viu depois foi impressionante. A Marinha botou pra quebrar — três embarcações vasculhando cada canto do oceano. O Corpo de Bombeiros entrou na dança, e até pescadores locais se juntaram à procura. Era como procurar uma agulha no palheiro, mas ninguém desistiu.
E olha que o mar não ajudou em nada. A Defesa Civil alertou: ventos de até 60 km/h e ondas de dois metros. Condição pra lá de complicada até para marinheiros experientes.
O Encontro Triste
Foi na quarta-feira que a notícia veio. Por volta das 14h, um barco de pesca — ironia do destino — avistou algo flutuando perto da Praia dos Castelhanos, em Anchieta. E não era apenas um corpo, eram os dois juntos.
Os bombeiros confirmaram o óbito no local. Uma cena dessas corta o coração de qualquer um.
O Que Resta
Agora os corpos seguem para o IML de Cachoeiro de Itapemirim. Lá vão tentar descobrir o que realmente aconteceu naquelas águas revoltas.
Enquanto isso, Itapemirim chora. Uma cidade pequena onde todo mundo se conhece, e de repente perde dois filhos seus. Guilherme deixa um legado — o aplicativo que divertiu tantas crianças — e Rafael, a lembrança de quem amava o mar.
Às vezes a vida prega essas peças. Um passeio de lancha que deveria ser rotineiro vira tragédia. E a gente fica aqui, se perguntando como o mar, tão bonito, pode ser tão impiedoso.
