
Imagine só: um dia tranquilo no mar, o sol brilhando, e de repente — ploft! — seu barco dá de cara com algo... inesperado. Foi mais ou menos assim que um barqueiro de Santa Catarina se viu numa enrascada ecológica das grandes.
O caso aconteceu na costa catarinense, onde o homem — que insistiu em dizer que "foi sem querer" — acabou passando por cima da cauda de uma baleia. E olha, o bicho (no caso, o mamífero marinho) não gostou nem um pouco da brincadeira.
Multa que dói no bolso
Resultado? Uma multa salgada de R$ 12.700 pelo Ibama. E não foi só isso:
- A embarcação ficou apreendida por 30 dias
- O barqueiro vai responder por infração ambiental
- A baleia? Bom, pelo menos parece que saiu ilesa
"Mas como assim multa tão alta?", você deve estar se perguntando. Pois é, a legislação ambiental não brinca em serviço quando o assunto é proteger esses gigantes gentis dos oceanos.
O que diz a lei
Segundo os fiscais, o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais é bem claro: perturbar animais silvestres dá multa mesmo. E quando o "perturbar" envolve um barco de várias toneladas passando por cima... bem, aí o estrago pode ser grande.
Os especialistas alertam: essa época do ano é crítica para as baleias na região. Elas migram para águas mais quentes e — adivinhe? — acabam cruzando o caminho de barcos pesqueiros e turísticos.
E olha que curioso: o próprio barqueiro contou que viu a baleia, mas "não deu tempo" de desviar. Será? O fiscal do Ibama que autuou o caso não pareceu muito convencido:
"Quando avistam os animais, os condutores têm obrigação de reduzir a velocidade e manter distância. Não é opção, é lei."
E agora, José?
Enquanto o barqueiro se vira para pagar a multa (e provavelmente repensar suas escolhas náuticas), os ambientalistas aproveitam para dar o recado:
- Mantenha pelo menos 100m de distância das baleias
- Reduza a velocidade em áreas de avistagem
- Se vir uma baleia, não tente "chegar mais perto para ver melhor"
No fim das contas, o mar é casa delas — nós é que somos os visitantes. E como todo bom visitante, tem que saber respeitar as regras da casa, né?