
Numa ação que parece saída de um roteiro de filme policial, a Receita Federal e a Polícia Civil do DF desbarataram um esquema que daria inveja até aos melhores contadores criativos. Quase 60 mil litros de etanol — sim, você leu certo — foram apreendidos num galpão que mais parecia um parque de diversões para sonegadores.
Segundo os fiscais, o dono do estabelecimento tinha uma "criatividade" digna de nota para burlar o fisco. "Quando a gente viu os números, até pensou que era erro de digitação", brincou um agente, sob condição de anonimato. Mas piadas à parte, o prejuízo aos cofres públicos não tem graça nenhuma.
Como funcionava o esquema?
O modus operandi — como diriam os investigadores — era simples, porém eficaz:
- Subnotação de vendas (óbvio, né?)
- Documentação "alternativa" (leia-se: falsa)
- Um toque de "esquecimento" nas declarações fiscais
O curioso? O local funcionava à luz do dia, como se fosse mais um posto de combustível qualquer. "A cara de pau impressiona", comentou um dos delegados envolvidos na operação.
Os números que doem
59 mil litros. Dá pra encher o tanque de quantos carros? A matemática é simples, mas o impacto no erário é complexo. Segundo cálculos preliminares, só nessa apreensão, o rombo fiscal ultrapassaria os R$ 500 mil. E olha que isso é só a ponta do iceberg — a investigação continua.
"Isso aqui não é só sobre combustível", alertou um agente da Receita. "É sobre justiça fiscal, sobre o pedreiro que paga seus impostos direito enquanto outros tentam levar vantagem."
E tem mais: além do etanol, os fiscais encontraram documentos que sugerem que o esquema ia muito além desse galpão. "Quando a gente puxa um fio desses, nunca sabe onde vai parar", filosofou um dos investigadores.