
Não foi um sábado qualquer no clube da elite sul-mato-grossense. Por volta das 15h, o que era para ser um dia de diversão virou um pesadelo. Um garoto de 16 anos — vamos chamá-lo de Lucas, porque a família pediu anonimato — deu entrada na piscina olímpica como centenas de outros jovens. Só que dessa vez, algo saiu errado.
Testemunhas contam que ele simplesmente... parou. "Parecia que tava brincando de estatua", disse um amigo, ainda tremendo. Do nada, o corpo magricela afundou como pedra. Ninguém percebeu de imediato — até que um salva-vidas gritou aquilo que ninguém quer ouvir: "Socorro!"
Os 8 minutos que pareceram uma eternidade
Enquanto a mãe do garoto — uma senhora de 45 anos que preferiu não se identificar — desmaiava no deck, os bombeiros do 4° Batalhão faziam mágica. Chegaram em 7 minutos (o que é rápido, considerando o trânsito caótico da região).
- Primeiro, tiraram o adolescente da água já com lábios roxos
- Iniciaram massagem cardíaca naquele calor infernal de 34°C
- Usaram o DEA (aquele desfibrilador que a gente vê em filme) duas vezes
E então... um milagre. Depois de 3 minutos de RCP, o coração voltou a bater. Mas a história poderia ter terminado muito pior — segundo o tenente Almeida, que coordenou o resgate, "a cada minuto sem oxigênio, as chances diminuem em 10%".
O que diz a direção do clube?
Procurados, os administradores do local — que cobra mensalidades salgadas — soltaram aquele comunicado padrão: "temos todos os equipamentos exigidos por lei". Mas um funcionário que pediu para não ser identificado confessou: "A gente fica de olho, mas quando lota... complica."
Pois é. Enquanto isso, Lucas segue internado no Hospital Regional, mas já respira sem ajuda de aparelhos. Os médicos chamam de "recuperação milagrosa". A família? Só agradece — e promete processar o clube por "negligência".