Fiscalização de trânsito em Goiânia é suspensa por falta de pagamento
Radares desligados em Goiânia por dívida de R$ 7,8 mi

Serviços de fiscalização são interrompidos em Goiânia

Os serviços de fiscalização eletrônica do trânsito na capital goiana foram suspensos a partir desta sexta-feira (28) devido a problemas financeiros entre a prefeitura e as empresas responsáveis pelo monitoramento.

Dívida milionária causa paralisação

O Consórcio Anhanguera Segurança, responsável pelo fornecimento de radares de velocidade e câmeras de videomonitoramento, decidiu interromper suas atividades após acumular débitos de mais de R$ 7,8 milhões com a Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET).

Segundo informações divulgadas pelo consórcio, os valores em atraso correspondem aos meses de junho, julho, agosto e setembro de 2025. A empresa afirmou que a medida foi "inevitável" diante da "inviabilidade econômica" gerada pela dívida.

Em comunicado oficial, a Anhanguera Segurança deixou claro que a retomada das atividades depende do pagamento integral de todas as medições pendentes. A empresa também encaminhou uma notificação extrajudicial à SET na última segunda-feira (24), alertando sobre a situação.

Prefeitura promete regularizar situação

Em resposta ao g1, a Secretaria de Engenharia de Trânsito garantiu que os pagamentos serão realizados na próxima semana. A SET afirmou manter "diálogo permanente" com os consórcios e que as etapas administrativas necessárias estão sendo cumpridas.

A secretaria tentou tranquilizar a população, declarando que "não há qualquer impacto na continuidade da fiscalização eletrônica", apesar da suspensão anunciada pelo consórcio.

Outro consórcio também enfrenta problemas

A situação não se limita apenas à Anhanguera Segurança. O Consórcio Fiscaliza Gyn, que também presta serviços ao Centro de Controle Operacional (CCO) de Goiânia, está com R$ 3,5 milhões em débitos acumulados entre junho e outubro de 2025.

No entanto, a Fiscaliza Gyn obteve na quarta-feira (26) a liberação para emissão das notas fiscais pendentes junto à prefeitura. Por isso, a empresa informou que não pretende suspender seus serviços no momento.

O Centro de Controle Operacional havia sido inaugurado pelo prefeito Sandro Mabel em março deste ano, com tecnologia que permite a integração de câmeras e radares ao banco de dados das forças de segurança.