Jovem é arrastada por 150 metros em acidente fatal
A Justiça de Uberlândia determinou que Aurí Soares da Silva seja julgado pelo Tribunal do Júri pela morte da motociclista Bruna Stefani Moreira Lemos, de 28 anos. O trágico acidente ocorreu no dia 18 de abril deste ano, quando a vítima foi arrastada por aproximadamente 150 metros na Avenida Anselmo Alves dos Santos, no Bairro Santa Mônica.
Conduta grave com múltiplas qualificadoras
O magistrado Márcio José Tricotti, da 1ª Vara Criminal da comarca, publicou a sentença de pronúncia na quarta-feira (26), destacando que existem provas suficientes para levar o caso ao júri popular. O juiz enfatizou que o acusado dirigia embriagado e sem Carteira Nacional de Habilitação, condições que aumentaram o perigo para outras pessoas e impossibilitaram a defesa da vítima.
O Corpo de Bombeiros encontrou Bruna presa sob a roda esquerda do veículo, em parada cardiorrespiratória. A morte foi confirmada no local do acidente, que ocorreu durante forte chuva na cidade.
Combinação de crimes torna caso mais grave
Aurí Soares responde por múltiplos crimes:
- Homicídio qualificado
- Omissão de socorro
- Embriaguez ao volante
- Direção sem CNH
Na decisão, o magistrado ressaltou que a combinação desses delitos torna a conduta ainda mais grave, já que poderia colocar em risco várias pessoas simultaneamente.
Durante o ocorrido, o acusado confessou à Polícia Militar que havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente e que não possuía habilitação para dirigir. Ele relatou que o veículo pertencia ao seu irmão e que, no momento da colisão, não conseguiu frear o carro.
O sargento dos bombeiros, Rodrigo Mourão, confirmou que Aurí apresentava sinais evidentes de embriaguez e que uma lata de cerveja foi encontrada dentro do automóvel. A PM realizou teste de etilômetro e o rapaz foi preso em flagrante, sendo encaminhado para a delegacia.
Vida interrompida no auge dos planos
Bruna Stefani havia completado 28 anos no dia anterior ao acidente. A jovem era bacharel em Direito, estudava Odontologia e trabalhava com papelaria e design de personalizados. Em suas redes sociais, compartilhava momentos do cotidiano e sua paixão pelo empreendedorismo criativo.
No perfil, a jovem demonstrava otimismo com o futuro, descrevendo: "2025 é nosso". O acidente ocorrido na Sexta-Feira da Paixão interrompeu abruptamente seus planos e aspirações.
A data para o julgamento pelo Tribunal do Júri ainda não foi marcada. A Defensoria Pública, que representa o acusado, foi questionada sobre a possibilidade de recurso contra a sentença, mas não se manifestou até o fechamento desta reportagem.