
Era uma tarde como qualquer outra em Montes Claros — até que o barulho de um motor acelerado cortou o ar. O que deveria ser apenas mais um dia comum terminou em tragédia: um motociclista, empinando sua máquina como se estivesse num palco de circo, tirou a vida de um senhor de 72 anos que simplesmente caminhava pela calçada.
Testemunhas contam que o jovem — que provavelmente achava ser o dono da rua — perdeu o controle da moto após uma dessas manobras de exibição. O veículo virou um projétil, atingindo o idoso com força brutal. "Foi tudo tão rápido...", disse uma vizinha, ainda tremendo. "O senhor nem teve chance."
Caos e consequências
No meio do alvoroço, enquanto alguns corriam para ajudar, outros apenas filmavam com seus celulares — sintoma dos nossos tempos, não? O SAMU chegou rápido, mas já era tarde. O corpo do idoso foi levado para o IML, enquanto o motoqueiro, milagrosamente ileso fisicamente, agora enfrenta as consequências legais de sua irresponsabilidade.
A polícia já identificou o envolvido — um rapaz de 23 anos que, segundo vizinhos, tinha fama de "adrenalina junkie". Ele responderá por homicídio culposo no trânsito, mas pra família da vítima, nenhuma pena vai trazer seu ente querido de volta.
O preço da imprudência
Esse caso reacendeu uma discussão antiga na cidade: a fiscalização — ou falta dela — sobre essas manobras perigosas que viraram "moda" entre alguns motociclistas. "É todo dia isso", reclama um comerciante local. "Eles tratam as ruas como pista de corrida, e quem paga o pato são os outros."
Enquanto isso, na casa do idoso, o silêncio pesa mais que palavras. Sua cadeira vazia na varanda conta uma história que nenhum laudo policial consegue expressar. E nas ruas de Montes Claros, a pergunta que não quer calar: quantas vidas precisam ser perdidas antes que algo mude?