Um estudo recente desenvolvido pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, em colaboração com a Universidade Federal do Paraná e com apoio da Abeetrans, comprovou de maneira definitiva a eficácia dos radares na redução de infrações de trânsito e na preservação de vidas nas estradas brasileiras.
Impacto direto na segurança viária
A pesquisa, divulgada em 30 de novembro de 2025, demonstra uma relação inversamente proporcional entre a quantidade de equipamentos de fiscalização e o número de infrações registradas. Quanto maior a presença de radares, menor se torna a quantidade de violações de trânsito capturadas pelas câmeras.
Em termos médios, cada radar no Brasil registra aproximadamente 1,5 mil infrações anualmente. Entretanto, os números apresentam variações significativas entre as diferentes regiões do país, revelando disparidades importantes na fiscalização.
Desigualdades regionais na fiscalização
O levantamento identificou extremos preocupantes: enquanto no Rio Grande do Sul cada equipamento registra cerca de 700 infrações por ano, no Amazonas esse número salta para impressionantes 4,5 mil violações anuais por radar.
O Distrito Federal emerge como líder nacional em densidade de fiscalização, com uma média de 7,5 câmeras para cada 10 mil veículos circulantes. Em contraste, estados como o Amazonas apresentam índices consideravelmente inferiores, explicando parcialmente os altos números de infrações por equipamento.
Relação direta com preservação de vidas
Paulo Guimarães, CEO do Observatório Nacional de Segurança Viária, enfatiza a conexão vital entre fiscalização eletrônica e segurança: "Nenhuma unidade da federação com alto índice de fiscalização eletrônica apresenta taxa elevada de mortes no trânsito".
Esta declaração reforça a tese central do estudo de que o investimento em tecnologia de fiscalização representa uma estratégia eficaz para salvar vidas e promover um trânsito mais seguro em todo território nacional.
Os dados coletados sugerem que a expansão planejada da rede de radares, especialmente nas regiões com menor cobertura, pode ser determinante para reduzir ainda mais os índices de acidentes e fatalidades no trânsito brasileiro.