
Era para ser mais um dia comum na vida de dois jovens promissores da Universidade Federal do Pará (UFPA). Mas o destino — cruel e impiedoso — resolveu escrever outro final. Na última terça-feira (16), um acidente na BR-153 ceifou vidas que mal haviam começado a florescer.
Os nomes? Ainda ecoam nos corredores da universidade: Lucas Mendes, 22 anos, do curso de Engenharia Civil, e Ana Beatriz Souza, 21, estudante de Biologia. Cursos diferentes, sonhos parecidos: construir um futuro melhor. Agora, interrompidos por uma curva mal sinalizada — ou será que foi excesso de velocidade? As investigações ainda correm.
O que se sabe sobre o acidente
Por volta das 14h30, o carro em que estavam saiu da pista próximo ao km 120. Testemunhas falam em uma ultrapassagem arriscada, mas ninguém quer apontar culpados — pelo menos não ainda. O veículo capotou várias vezes antes de parar, irreconhecível, num cenário que até os bombeiros mais experientes classificaram como "dos piores".
Detalhe que corta o coração: Ana completaria 22 anos no próximo mês. Já tinha até marcado a festa na república que dividia com colegas. Lucas, por sua vez, estava no último ano da faculdade — faltavam poucos meses para colar grau.
Reação da comunidade acadêmica
A UFPA declarou luto oficial por três dias. "Perdemos não apenas alunos, mas mentes brilhantes que contribuíam significativamente para nossa instituição", disse o reitor em nota emocionada. Já os colegas organizam uma vaquinha virtual para ajudar nas despesas funerárias — porque, convenhamos, ninguém espera por tragédias assim.
Nas redes sociais, a hashtag #UFPAdeLuto viralizou. Professores postaram fotos das últimas aulas com os estudantes, trabalhos que agora ganharam valor sentimental. "Era aquele aluno que fazia perguntas que me deixavam pensando por dias", confessou um docente, em tom visivelmente abalado.
O que falta esclarecer
- Condições da pista no local do acidente
- Se havia sinalização adequada
- Possível envolvimento de terceiros
- Velocidade do veículo no momento da colisão
Enquanto isso, nas repúblicas estudantis, o silêncio pesa mais que o normal. O barulho das festas deu lugar a conversas baixas e lembranças compartilhadas. Porque é assim que a gente lida com a morte quando ela bate na porta sem avisar — tentando encontrar sentido onde talvez não exista nenhum.