
A situação esquentou de verdade no Planalto. O União Brasil, um dos principais partidos da base governista, resolveu puxar o tapete do próprio ministro do Turismo, Celso Sabino. E não foi de brincadeira não — a executiva nacional abriu mesmo um processo disciplinar com um objetivo bem claro: expulsar o aliado do partido.
Parece que a paciência se esgotou. Tudo porque o ministro resolveu dar declarações públicas que, segundo a cúpula partidária, feriram gravemente os princípios éticos e a disciplina que se espera de um filiado. É aquela velha história: falou demais e agora colhe os frutos amargos.
O estopim da crise
O que será que Celso Sabino falou de tão grave assim? Bom, a questão central gira em torno de declarações consideradas "desleais" ao partido. A executiva nacional não poupou críticas — acusou o ministro de violar frontalmente o código de ética e o estatuto da legenda. Coisa séria, hein?
E olha que interessante: o processo corre sob sigilo. Mas alguns detalhes vazaram. A relatoria ficou com o deputado federal Jhonatan de Jesus, enquanto o deputado federal Pedro Lupion assumiu a presidência da comissão processante. Dois pesos-pesados da política para cuidar do caso.
Timing mais do que estratégico
O timing dessa bomba política não poderia ser pior para o governo. A decisão de abrir o processo saiu justamente quando Celso Sabino estava em viagem oficial pela Arábia Saudita, participando de um fórum de investimentos em turismo. Conveniente, não?
Enquanto o ministro tentava atrair investidores para o Brasil, sua base política aqui em casa dava sinais claros de descontentamento. Uma situação no mínimo constrangedora para todos os envolvidos.
O que diz a defesa
Procurada, a assessoria do Ministério do Turismo preferiu não comentar o caso. Já o União Brasil emitiu uma nota oficial confirmando a abertura do processo, mas sem entrar em detalhes específicos sobre as acusações.
O silêncio de ambos os lados é bastante revelador. Quando a política esquenta, o melhor às vezes é ficar quieto e deixar a poeira baixar. Mas nesse caso, a poeira parece que vai continuar subindo por um bom tempo.
E agora, José?
O processo de expulsão segue um rito específico dentro do partido. Primeiro a comissão processante analisa as acusações, depois o ministro terá direito à ampla defesa — como manda a lei e a boa política. Só então virá a decisão final.
Enquanto isso, o clima nos corredores do poder federal deve ficar bastante tenso. Um ministro com o pé fora do partido é como um barco furado — pode navegar por algum tempo, mas eventualmente a água entra e o negócio afunda.
Resta saber se Celso Sabino conseguirá reverter essa situação ou se seu tempo no governo — e no partido — está com os dias contados. A política brasileira, como sempre, nos reserva mais um capítulo de suspense.