Organizações pedem ao STF suspensão de pagamento de emendas paralelas: entenda o caso
STF pode suspender pagamento de emendas paralelas

Um grupo de organizações dedicadas ao combate à corrupção e à promoção da transparência pública entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a suspensão imediata do pagamento das chamadas "emendas paralelas".

O documento, protocolado nesta sexta-feira (6), argumenta que esses repasses orçamentários escapam do controle social e dos mecanismos tradicionais de fiscalização, criando um "terreno fértil para desvios".

O que são as emendas paralelas?

Diferentemente das emendas parlamentares tradicionais, que seguem regras claras de execução e prestação de contas, as paralelas são negociadas diretamente entre parlamentares e o Poder Executivo, muitas vezes sem transparência nos critérios de distribuição.

Principais críticas apresentadas no pedido:

  • Ausência de critérios objetivos para distribuição dos recursos
  • Falta de mecanismos eficientes de fiscalização
  • Risco de uso eleitoreiro dos fundos públicos
  • Possibilidade de sobreposição com outras emendas parlamentares

As organizações signatárias destacam que, somente em 2025, mais de R$ 15 bilhões foram destinados a essas emendas, valor que supera o orçamento de ministérios inteiros.

Impacto potencial da decisão

Caso o STF acolha o pedido, a medida pode:

  1. Congelar repasses já aprovados
  2. Exigir nova regulamentação com critérios transparentes
  3. Reforçar mecanismos de controle social

Especialistas em direito constitucional ouvidos pela reportagem afirmam que a decisão do Supremo pode estabelecer um precedente importante para o "fortalecimento da democracia e do controle social sobre o orçamento público".