
Parece que o placar político virou de forma brutal nesta quarta-feira. O que era pra ser um jogo controlado pelo governo no Congresso terminou em um verdadeiro vexame. A derrota na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) do INSS não foi um acidente, mas sim uma sucessão de falhas que beira o inexplicável.
É aquela velha história: quando a catraca não vira, o time todo se perde. E foi exatamente isso. Fontes bem próximas ao Planalto, com aquela voz de quem tomou um cafezinho amargo demais, contam que o clima por lá é de perplexidade total. A articulação simplesmente… dormiu no ponto. Um cochilo geral estratégico.
O Domino da Derrota: Quem Não Veio e Quem Deu o Bote
O estopim? A aprovação do requerimento de convocação do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi. A base governista, que teoricamente tinha os números, simplesmente não se materializou. Alguns sumiram, outros chegaram atrasados – e a oposição, ávida por uma blood bath política, não perdoou.
E não pense que foi só azar. O partido União Brasil – aquele que todo mundo fica tentando decifrar de que lado está realmente – aplicou uma rasteira clássica. Eles simplesmente não compareceram em peso, deixando o governo na mão. Alguém ainda se surpreende?
Os erros foram crassos, pra não dizer amadores:
- Falta de contagem regressiva: Ninguém fez a lição de casa de verificar, com certeza absoluta, quem realmente estaria presente. É o básico!
- Comunicação travada: Os líderes partidários simplesmente não foram acionados a tempo de colocar a tropa em ordem. Um desastre de logística política.
- Subestimou o adversário: Achar que a oposição não estava organizada foi o maior dos equívocos. Eles vieram com tudo, com time completo e pauta bombástica.
O resultado? Uma votação apertadíssima: 13 votos a favor da convocação do ex-ministro, e 12 contra. Uma diferença de um único voto que ecoou como um trovão pelos corredores do poder.
E Agora, José?
O que isso significa pra cena política? Bom, é um puta de um recado. Sinaliza que a base governista não é tão sólida assim, muito menos monolítica. Qualquer projeto mais espinhoso que dependa de votação acirrada pode sofrer do mesmo mal – a famosa "falta de pneu reserva".
O Planalto, é claro, já está em modo de controle de danos. Tentando rearrumar os cacos e prometendo que nas próximas não vai pipocar. Mas a pergunta que fica, e que todo mundo no bar do Zé já está fazendo, é: será que aprenderam a lição? Ou vão continuar confiando na sorte e no "deus dará" político?
Uma coisa é certa: a CPMI do INSS promete. E se esse foi só o primeiro round, imagina o que vem por aí. O circo, definitivamente, pegou fogo.