Como o Audiovisual Brasileiro Virou Palco de Disputa Política — E Quem Sai Ganhando?
Audiovisual brasileiro: a guerra por trás das câmeras

O setor audiovisual brasileiro — ah, esse eterno cabo de guerra político! — está longe de ser um mar de tranquilidade. E a recente troca de farpas envolvendo Roberto Alvim e Alfredo Motta só joga mais lenha nessa fogueira já bem acesa.

Não é de hoje que a classe artística respira fundo quando o assunto é gestão pública da cultura. Mas a coisa esquentou de verdade quando Alvim resolveu disparar críticas à atual administração da Ancine. Para ele, a gestão de Motta não só mantém, como aprofunda, aquilo que classifica como “vícios” do passado.

E os números? Bem, eles contam outra história

Ora, mas e os dados? Motta, respondendo às acusações, não ficou atrás. Trouxe à tona um aumento considerável na captação via leis de incentivo. Só em 2023, o setor movimentou impressionantes R$ 3,5 bilhões. Algo inédito, diga-se de passagem. Não me parece pouco, ou estou louco?

E tem mais: a produção de longas-metragens saltou de 27 para 47 em apenas um ano. Séries então? Foram 97 projetos only em 2023, contra míseros 17 no ano anterior. Alguém aqui está fazendo a lição de casa, não é mesmo?

O elefante na sala: a polarização que ninguém comenta

O que pouca gente fala — mas todo mundo percebe — é o jogo de narrativas por trás disso tudo. De um lado, Alvim e sua retórica de “combate ao lixo ideológico”. Do outro, Motta, apostando em números concretos e no fomento puro e simples, sem tantos filtros discursivos.

E no meio disso, sabe quem se dá bem? O cinema nacional. Porque no fim das contas, o que importa mesmo é ver a produção rolando, as câmeras girando e os empregos sendo gerados. Opiniões políticas à parte, é inegável que a máquina está funcionando.

Claro, sempre tem um porém. A dependência de recursos públicos ainda é gigantesca. E aí, meu amigo, qualquer vento político mais forte pode derrubar o castelo de cartas. Fragilidade? Sim, e muita.

Mas fato é: o audiovisual vive um momento aquecido. Quer você goste do atual governo, quer não, os resultados estão aí. E Motta, pelo menos pelos números, parece estar no comando de uma fase mais que positiva. Resta saber se a conta fecha no longo prazo — ou se é só mais uma bolha de entusiasmo passageiro.