
Em uma iniciativa que pode revolucionar a exploração espacial, China e Rússia anunciaram planos para construir uma usina nuclear na Lua até 2035. O projeto, fruto de uma parceria estratégica entre as duas potências, visa fornecer energia sustentável para futuras bases lunares e facilitar missões de longo prazo no satélite natural da Terra.
Segundo fontes oficiais, o plano faz parte de um programa conjunto chamado "Caminho Internacional da Pesquisa Lunar", que inclui a criação de uma estação científica automatizada na superfície lunar. A usina nuclear seria essencial para garantir energia contínua, especialmente durante as longas noites lunares, que duram cerca de 14 dias terrestres.
Desafios tecnológicos e ambientais
A construção de uma usina nuclear na Lua não é tarefa simples. Entre os principais desafios estão:
- Transporte de materiais: Levar equipamentos pesados e materiais radioativos para a Lua exigirá foguetes de grande capacidade.
- Segurança: Qualquer vazamento de material radioativo poderia contaminar o ambiente lunar, ainda pouco estudado.
- Manutenção: A usina precisará operar de forma autônoma ou com intervenção mínima de humanos.
Cooperação internacional e controvérsias
O anúncio reforça a parceria entre China e Rússia na corrida espacial, em um momento de tensões geopolíticas com os Estados Unidos e outros países. Especialistas alertam para possíveis disputas sobre a regulamentação de atividades nucleares no espaço, já que o Tratado do Espaço Exterior de 1967 proíbe armas nucleares, mas não aborda claramente o uso pacífico da energia atômica.
Enquanto isso, a NASA e a ESA (Agência Espacial Europeia) focam em alternativas como energia solar e células de combustível para suas bases lunares planejadas. A decisão de China e Rússia por uma fonte nuclear pode representar uma vantagem estratégica na disputa pela presença permanente na Lua.