
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, soltou uma daquelas frases que ficam na memória — e não necessariamente pelo melhor dos motivos. Questionado sobre os crescentes casos de intoxicação por metanol no estado, que já levaram à morte de duas pessoas e deixaram outras quatro em estado grave, ele simplesmente deu de ombros. "No dia que começarem a falsificar Coca-Cola, aí eu vou me preocupar", disparou, com uma tranquilidade que deixou muitos de queixo caído.
Parece piada, mas a situação está longe de ser engraçada. A falsificação de bebidas alcoólicas — sim, incluindo aquela velha conhecida dos botecos — já virou um problema de saúde pública em São Paulo. Duas pessoas não resistiram após consumir produtos contaminados, e outras quatro lutam pela vida em hospitais. Um verdadeiro pesadelo para as famílias envolvidas.
Enquanto isso, nos bastidores da economia...
Enquanto Tarcísio lidava com a crise sanitária em seu estado, o ministro da Economia, Fernando Haddad, mostrava um otimismo que — vamos combinar — anda meio em falta por aqui. O assunto? As relações comerciais com os Estados Unidos, que seguem turbulentas como sempre.
Haddad, com aquela calma de quem já viu de tudo nessa vida política, garantiu que está "optimista independentemente de quem seja o negociador dos EUA". Parece que para ele, tanto faz se do outro lado da mesa está um democrata ou republicano — o importante é que o Brasil siga com a cabeça no lugar e mostrando seus trunfos.
"A gente tem que jogar com as cartas que nos são dadas", comentou um assessor do ministério, que preferiu não se identificar. E de fato, na geopolítica — assim como no pôquer —, às vezes você precisa blefar um pouco.
O que realmente preocupa o paulista médio
Voltando à declaração polêmica do governador: será que ele subestimou a seriedade do problema? Moradores da capital paulista ouvidos nas redes sociais não pouparam críticas. "Quando é que um governador vai levar a sério a saúde do povo?", questionou uma professora aposentada da Zona Leste.
O que mais preocupa — e aqui vai um alerta importante — é que as bebidas falsificadas estão circulando em bares e mercadinhos de bairro. A aparência é idêntica às originais, mas o conteúdo... bem, esse pode ser mortal. A Secretaria de Saúde já emitiu alertas, mas a população parece não estar levando tão a sério quanto deveria.
Talvez Tarcísio tenha usado uma analogia infeliz, mas o recado — ainda que torto — é claro: cuidado com o que você bebe por aí. Porque no final das contas, sua saúde vale mais que qualquer happy hour.
Enquanto isso, Haddad segue confiante nas relações com os americanos. Resta saber se esse otimismo todo vai se traduzir em resultados concretos para o Brasil — ou se vai ser mais um daqueles "quase lá" que tanto nos assombram.