
Eis uma reviravolta que pode mudar o jogo na saúde pernambucana: pela primeira vez, pacientes do SUS estão sendo atendidos em hospitais e clínicas particulares no Recife. Não é promessa, não é projeto — já está rolando na prática.
Quem diria, né? Aquela fila interminável do posto de saúde pode, finalmente, ter uma alternativa. Mas calma, não é bem um passe livre — tem regras, lógico. A coisa funciona assim:
Como que fica?
Pacientes encaminhados pelo SUS (aquele sistema que a gente ama odiar, mas sabe que é vital) agora podem fazer certos procedimentos em instituições privadas conveniadas. E o melhor? Sem custo adicional. Parece bom demais pra ser verdade, mas é a pura realidade — pelo menos pra quem precisa de:
- Exames de imagem (ressonância, tomografia — esses que demoram séculos no público)
- Cirurgias eletivas (aquela hérnia que você tá empurrando com a barriga há anos)
- Consultas com especialistas (dermatologista, ortopedista — os «unicórnios» do SUS)
O negócio é simples, mas genial: o governo paga às clínicas particulares um valor pré-acordado por cada procedimento. E os planos de saúde? Entram na dança cedendo parte de sua capacidade ociosa. Todo mundo sai ganhando — principalmente João e Maria, que precisam do tratamento.
Na prática, como tá sendo?
Os primeiros relatos são... surpreendentes. Dona Maria, 62 anos, conseguiu fazer uma ressonância em 3 dias — no SUS, ela esperava há 8 meses. «Parece milagre», disse, desconfiada como toda boa brasileira que conhece o sistema por dentro e por fora.
Mas nem tudo são flores (quando é?). Alguns médicos reclamam da burocracia adicional. Outros pacientes estranham o «luxo» de um hospital particular — «cadê a minha senha de plástico?», brincou um senhor ao receber pulseira eletrônica.
O que isso significa pro futuro?
Se der certo no Recife, a ideia pode pegar fogo Brasil afora. Imagine só: reduzir filas usando a estrutura que já existe, em vez de construir novos hospitais do zero. Economia inteligente, não?
Mas atenção: isso não é privatização do SUS, como alguns apressados já gritaram por aí. É parceria pública-privada — modelo comum em países como Portugal e Canadá, onde o sistema público funciona que é uma beleza.
Fato é que, num país onde «fila do SUS» vira até tema de samba-enredo, qualquer novidade que alivie o sofrimento dos pacientes merece pelo menos um... «vamos ver no que dá».