
Um senador brasileiro levantou um debate polêmico ao sugerir ao Ministério da Saúde a inclusão da chamada "caneta emagrecedora" no Sistema Único de Saúde (SUS). O medicamento, originalmente desenvolvido para tratamento de diabetes tipo 2, virou febre entre celebridades e influenciadores como método de emagrecimento rápido.
O que é a 'caneta emagrecedora'?
A substância em questão é a semaglutida, comercializada com nomes como Ozempic e Wegovy. Aplicada via injetável (daí o nome "caneta"), ela age regulando o apetite e promovendo saciedade. Seu uso off-label para emagrecimento explodiu nas redes sociais, causando até desabastecimento para pacientes diabéticos.
Argumentos a favor e contra
O parlamentar defende que a inclusão no SUS poderia ajudar no combate à obesidade, problema de saúde pública que atinge 26% dos brasileiros. Porém, médicos alertam:
- Efeitos colaterais como náuseas, diarreia e risco de pancreatite
- Custo elevado do tratamento (cerca de R$ 1.000 mensais)
- Necessidade de acompanhamento médico especializado
- Falta de estudos sobre uso prolongado para emagrecimento
O que diz o Ministério da Saúde
Até o momento, o governo não se pronunciou oficialmente sobre a sugestão. Especialistas em saúde pública questionam se a incorporação seria viável financeiramente, considerando o alto custo e a grande demanda potencial.
A polêmica reflete dilemas contemporâneos: como equilibrar inovações médicas, pressão social por padrões estéticos e sustentabilidade do sistema público de saúde.