
Imagina só: você tá lá, se sentindo horrendo, com uma dor que não te deixa nem pensar direito, e o único lugar que deveria te acolher parece mais um depósito de gente esperando. Foi exatamente isso que aconteceu com uma mulher em Franca, no interior paulista, essa semana.
Ela chegou ao pronto-socorro do Hospital Municipal Doutor Agostinho Moreira da Silva - nome pomposo pra um lugar que, pelo visto, tá longe de ser um mar de rosas - reclamando de fortes dores. Mal sabia ela que sua noite seria um verdadeiro teste de paciência.
O estopim da revolta
Quatro horas. Quatro horas inteiras esperando por um simples atendimento! Qualquer um ficaria irritado, não é mesmo? Mas foi quando ela viu outras pessoas sendo chamadas antes - supostamente sem urgência - que a coisa degringolou de vez.
"Eu estava passando mal, com muita dor, e ninguém me atendia", contou ela, ainda visivelmente abalada. A frustração foi tão grande que... bem, as cadeiras da recepção é que pagaram o pato.
O que testemunhas viram
Segundo relatos de quem estava no local, a cena foi digna de filme. A mulher, completamente exasperada, começou a descontar sua raiva nas pobres cadeiras de plástico. Um verdadeiro tsunami de indignação tomou conta da recepção.
Os seguranças, é claro, intervieram rapidamente. Mas o estrago já estava feito - tanto nas cadeiras quanto no psicológico de todos presentes.
O hospital, por sua vez, emitiu uma daquelas notas padrão: "registrou ocorrência e encaminhou ao setor responsável". Traduzindo: mais um caso pra estatística.
O outro lado da moeda
A gente até tenta entender os dois lados, né? Os profissionais de saúde estão sobrecarregados, o sistema tá sempre no limite, yada-yada-yada. Mas cadê a humanização no atendimento? É isso que a gente precisa discutir!
Enquanto isso, a coitada da mulher ainda saiu como a "louca descontrolada" da história. Mas será que alguém parou pra pensar no desespero que leva uma pessoa a ter uma atitude dessas?
O caso já foi parar nas mãos da polícia, claro. Vão apurar danos ao patrimônio público - porque cadeira de hospital, mesmo quebrada, vale mais que a saúde do cidadão, aparentemente.
E assim vamos nós, navegando num mar de contradições do nosso sistema de saúde. Uma hora é a gente esperando, outra hora é a gente explodindo. Até quando?