
O que parecia ser apenas mais um caso de falsificação de bebidas revelou-se algo muito mais sinistro. E perigoso. O ministro da Saúde, Padiilha, trouxe à tona uma prática criminosa que, francamente, beira o inacreditável pela falta de escrúpulos.
Num daqueles momentos em que a realidade supera qualquer ficção, o ministro explicou com todas as letras: os criminosos estão batizando bebidas com metanol puro e simplesmente para... bem, para transformar uma garrafa em duas. Parece piada de mau gosto, mas é a pura verdade.
O lucro que mata
Pense comigo: se você tem uma garrafa de aguardente legítima e adiciona metanol — que é baratíssimo, diga-se de passagem — consegue produzir o dobro do volume. O lucro sobe nas alturas, enquanto a consciência desce aos porões mais baixos da humanidade.
"É uma equação macabra", desabafou Padiilha, visivelmente impactado. "Eles diluem, adulteram, e colocam em risco a vida de milhares de brasileiros por uns trocados a mais."
O que mais assusta — e aqui preciso fazer uma pausa para respirar fundo — é que estamos falando de algo que pode cegar, intoxicar gravemente ou, nos casos mais extremos, matar. Sim, matar. Não é exagero.
Um perigo invisível
O pior de tudo? Você não percebe. A bebida adulterada tem aparência, cheiro e até gosto similar ao original. O consumidor comum, aquele trabalhador que chega em casa depois de um dia cansativo e quer tomar sua dose de cachaça, não tem como saber que está ingerindo veneno.
É como uma roleta russa etílica — você nunca sabe se aquela dose será a última.
As autoridades, claro, estão em estado de alerta máximo. Mas a verdade é que combater esse tipo de crime é como enxugar gelo: enquanto fecha-se um ponto de venda, surgem outros três.
O que fazer?
Agora, a pergunta que não quer calar: como se proteger? Bom, a recomendação óbvia é comprar apenas em estabelecimentos confiáveis, daqueles que você conhece há anos. Evite aquela barraquinha suspeita na beira da estrada ou o boteco que vende bebida com preço muito abaixo do mercado.
Se o preço está bom demais para ser verdade, provavelmente... bem, você já sabe.
O ministro foi categórico: "Precisamos de uma ação conjunta entre vigilância sanitária, polícia e população. Sozinhos, não vamos conseguir vencer essa batalha."
Enquanto isso, nas prateleiras de alguns comércios duvidosos, o perigo continua à venda. Em garrafas que parecem uma, mas na verdade são duas. E o preço? Esse, infelizmente, pode ser pago com a própria vida.