
Um médico que atua em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, está no centro de uma investigação policial por supostamente vender atestados médicos falsos. Segundo as denúncias, o profissional cobrava valores entre R$ 200 e R$ 500 para emitir documentos sem a realização de consultas ou exames.
As autoridades já confirmaram que o caso está sendo apurado pela Delegacia de Proteção ao Consumidor (Decon). A polícia suspeita que o esquema possa ter envolvido dezenas de vítimas, incluindo trabalhadores que usaram os atestados para justificar faltas no emprego.
Como o esquema funcionava
De acordo com as investigações iniciais, o médico:
- Anunciava os atestados em grupos de WhatsApp
- Exigia pagamento antecipado via transferência bancária
- Emitia os documentos sem qualquer avaliação médica
- Fornecia atestados para períodos de até 15 dias
Riscos para a saúde pública
Especialistas alertam que essa prática criminosa traz sérios riscos:
- Coloca em risco a credibilidade da classe médica
- Pode mascarar problemas de saúde reais dos pacientes
- Cria um mercado paralelo ilegal de documentos médicos
- Prejudica empregadores que dependem da veracidade dos atestados
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) já foi notificado sobre o caso e deve abrir um processo ético-profissional contra o médico envolvido.