
O que parecia ser mais um caso dramático de intoxicação por metanol no interior paulista se revelou algo completamente diferente após uma apuração minuciosa. O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, referência na região, acabou de fechar o caso com um veredito que surpreendeu muita gente.
Dois pacientes chegaram ao hospital em condições preocupantes — mas a história que se espalhou por aí não batia com a realidade dos fatos. O boato de que seria intoxicação por metanol ganhou asas, como costuma acontecer nesses casos. A verdade, no entanto, era outra.
Investigação a fundo
A direção do HC não mediu esforços para descobrir o que realmente aconteceu. Mandou fazer exames específicos, chamou especialistas, reviu todos os procedimentos. E o resultado? Nada de metanol. Zero. Os exames toxicológicos — aqueles que não deixam margem para dúvidas — simplesmente não detectaram a substância no organismo dos pacientes.
"Concluímos que não se trata de intoxicação exógena por metanol", afirmou a nota oficial do hospital, com aquela linguagem técnica que os médicos adoram usar. Traduzindo para o português claro: ninguém foi envenenado por bebida adulterada ou produto químico.
E então, o que foi?
Aqui é que a coisa fica interessante. Os médicos descobriram que os sintomas dos pacientes tinham causas completamente diferentes. Um deles — pasmem — estava com uma infecção urinária que evoluiu para sepse. O outro enfrentava uma descompensação de diabetes. Dois problemas sérios, sim, mas nada a ver com aquela história de metanol que todo mundo estava comentando.
O hospital foi categórico: "As hipóteses diagnósticas foram infecciosa e descompensação metabólica". Em outras palavras, cada caso era um caso, e ambos foram tratados de acordo com o que realmente precisavam.
Desfecho e lição aprendida
Ambos os pacientes receberam alta depois do tratamento adequado. Um deles já está em casa desde quarta-feira passada, enquanto o outro seguiu para outro hospital para continuar seu tratamento específico.
O que esse episódio nos ensina? Que às vezes as explicações mais simples — e menos dramáticas — são as corretas. Enquanto as redes sociais fervilhavam com teorias sobre contaminação, os profissionais de saúde faziam seu trabalho com seriedade e competência.
Ribeirão Preto pode respirar aliviada. O HC mostrou mais uma vez por que é referência na região — agindo com transparência e eficiência para desfazer um boato que poderia ter causado pânico desnecessário na população.